O estímulo ao uso de camisinha no Carnaval em Manaus é uma das ações realizadas pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) para o período.

Nesta quinta-feira (2), a pasta informou que vai intensificar as ações de prevenção e controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs/Aids) na capital.

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As atividades serão realizadas nas zonas Norte, Sul, Leste, Oeste e Rural, com parceria das Organizações da Sociedade Civil (OSCs).

As unidades de saúde irão atuar para estimular o uso da camisinha e orientar a população sobre os serviços existentes na rede municipal para a prevenção e o controle das infecções.

Durante as ações no carnaval, a estimativa é a distribuição de mais de 500 mil camisinhas e preservativos femininos.

Combate as ISTs

Conforme a Semsa, a distribuição de preservativos será intensificada no período carnavalesco.

A secretaria também vai intensificar a oferta de testes rápidos para HIV, sífilis e hepatites B e C, além de ações de educação em saúde.

Durante as ações serão realizadas blitz educativa em locais de maior circulação de pessoas e também nos desfiles no Sambódromo nos dias 18 e 19 de fevereiro.

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Camisinha, prevenção contra ISTs

O uso da camisinha durante as relações sexuais é um dos principais meios de prevenção contras as ISTs.

Entre as ISTs de maior relevância para o controle no município de Manaus, há destaque para HIV/Aids, Sífilis, Hepatite B e a Síndrome do Corrimento Uretral Masculino.

Em 2022, Manaus registrou 1.758 casos de HIV, representando aumento de 18,7% no número de novos casos em relação a 2021.

A maior concentração de casos foi diagnosticada na população masculina (77,6%) e na faixa etária de 15 a 39 anos (80,4%).

O número de casos de sífilis chegou a 3.900 no ano passado, registrando aumento (14,2%) em relação a 2021, com taxa de detecção de 173 notificações por 100.000 mil habitantes.

Do total, 68,2% dos casos foram registrados na população masculina, sem considerar as mulheres gestantes, e a faixa etária de 15 a 39 anos representou 72,1% dos casos.

Manaus registrou ainda 209 casos de Hepatite B, três a mais que em 2021, com distribuição por sexo equilibrada entre homens (50,7%) e mulheres (50,3%).

Este agravo tem maior predominância na faixa etária de 40 a 60 anos ou mais (68,4%), conforme dados da Semsa.

A Síndrome do Corrimento Uretral pode ser causada por diversos agentes etiológicos, tendo como principais os que causam a clamídia, gonorreia, tricomoníase e o Mycosplasma Genitalium.

No ano de 2022, foram notificados 539 casos da Síndrome.