Em Manacapuru, a 93 quilômetros de Manaus, o rio Solimões se aproxima do fim do período de cheia com a menor cota registrada dos últimos 12 anos para o período e acende alerta para seca 2024.

Conforme o boletim diário do nível do rio Solimões do Serviço Geológico do Brasil (SGB) e o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), no dia 14 de junho o rio Solimões, em Manacapuru, atingiu 17,63 metros.

No entanto, em 2023, ano da seca histórica no Amazonas, o rio Solimões atingiu, no dia 14 de junho, 19,21 metros, quase dois metros superior à cota atual.

Nos últimos dias, o rio contabilizou a subida média de 1 centímetro. Apesar do aumento, o nível do período atual é o menor já registrado na região. Nos últimos doze anos, a menor cota para o período foi registrada em 2016, com 18,25 metros.

O boletim também descreve o nível do rio Solimões até o dia 14 de junho como “abaixo da faixa da normalidade para o período”.

A situação acende um alerta sobre a intensidade da seca no rio Solimões e no restante da bacia do rio Amazonas.

Seca no Amazonas

Em Tabatinga, o rio Solimões iniciou a período de seca, assim como o rio Negro. De acordo com o Porto de Manaus, o rio Negro parou de encher na segunda-feira (17), e estabilizou com 26,85 metros.

Já a medição do Levantamento da Praticagem dos Rios Ocidentais da Amazônia (Proa) apontou que o rio Solimões, em Tabatinga, registrou, no domingo (16), 7,89 metros, quase três metros a menos em comparação com a medição do dia 1° de junho.

A população do interior do Amazonas tem demonstrado preocupação com a seca de 2024. Em um vídeo que circula nas rede sociais, um morador de Tabatinga expressa grande temor com os possíveis danos que a seca de 2024 pode causar aos rios do Amazonas.

“Hoje, 14 de junho de 2024. Olha a situação aqui em Tabatinga no Amazonas. Tá secando muito forte. Que Deus tenha misericórdia”, diz ele enquanto filma uma parte do rio já afetada pela estiagem.