A seca nos rios do Amazonas afeta, atualmente, 27.765 famílias, conforme dados divulgados pela Defesa Civil do estado, nesta quarta-feira (27).
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Ainda conforme o órgão, ao todo, até a presente data, 111.058 mil pessoas sofrem as consequências da estiagem.
Segundo o informativo diário, emitido pela Defesa Civil, o Amazonas conta com 16 cidades em situação de emergência, 39 em alerta, e cinco em atenção.
Rio Negro
De acordo com informações disponibilizadas no site do Porto de Manaus, o nível do rio Negro está em 16,41 metros.
Em entrevista ao Programa Agora, a pesquisadora Jussara Socorro Cury Maciel, responsável pelo Sistema de Alerta Hidrológico do Amazonas, destacou previsões para a vazante deste ano.
“A vazante ainda está em curso, então no momento ela está nessa característica de descidas acentuadas. […] Há uma tendência em que essa vazante fica entre as dez maiores”, analisou.
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Dragagem
O governo estadual informou, na noite de terça (26), que o serviço emergencial de dragagem será garantido à hidrovia do rio Solimões.
O serviço deve abranger trechos entre os municípios de Tabatinga e Benjamin Constant (a 1.108 e 1.121 quilômetros de Manaus, respectivamente), e na região do Tabocal, no rio Amazonas (entre Manaus e Itacoatiara, a 176 quilômetros da capital).
Investimento
O Governo Federal irá investir R$ 41 milhões nos trabalhos no trecho entre Tabatinga e Benjamin Constant, que abrangem oito quilômetros de extensão.
Também serão mais R$ 100 milhões para os serviços entre Tabocal e rio Amazonas, em 12 quilômetros. A previsão de início é para os próximos dias.
Estiagem
A estiagem na região amazônica, enquanto desastre natural, caracteriza-se, além da falta de precipitações pluviométricas, pela descida das águas dos rios em níveis que inviabilizem a navegação de barcos.
O período também tem relação direta com a queda intensificada das reservas hídricas de superfície e de subsuperfície, que traz como consequência a vazante dos rios em função das perdas de volumes de água.
A estiagem prejudica o ir e vir das famílias, o escoamento de produção e a própria produção de subsistência, com o encarecimento dos alimentos e a dificuldade de obter proteínas por meio de pesca ou caça.