Após a morte do empresário Cleriston Pereira da Cunha, 46 anos, a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seap-DF), abriu apuração administrativa para averiguar de perto o caso.

A investigação foi aberta nesta terça-feira (21). O empresário faleceu enquanto estava em um banho de sol, na Penitenciária da Papuda, em Brasília, na manhã desta segunda-feira (20).

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Cleriston é membro de uma família de políticos do interior da Bahia e estava preso desde 8 de janeiro deste ano. Ele é acusado de participar da invasão que depredou, às sedes dos três poderes.

Além da apuração da Seap-DF, a Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) fez uma vistoria no local onde Cleriston estava detido.

Um relatório sobre as condições em que estão os presos do 8 de janeiro deve ser concluído nesta quarta-feira (22).

O que diz a Papuda sobre morte de empresário

O Complexo Penitenciário da Papuda de Brasília, onde o homem estava preso, informou que o réu teve um “mal súbito” durante um banho de sol.

De acordo com eles, os médicos do presídio foram acionados, tentaram reanimá-lo, mas não tiveram sucesso.

Ainda segundo a Vara de Execuções Penais (VEP) do DF, o detento recebia atendimento médico regular na prisão. Informou também que ele recebia com frequência visita da mulher e das filhas.

Prisão

O empresário foi preso em 8 de janeiro e se tornou réu em 17 de maio depois que o STF aceitou a denúncia feira pela PGR.

Preso em flagrante pela Polícia do Senado Federal dentro do Congresso Nacional, no dia dos atos antidemocráticos ele foi acusado pelos crimes de:

  • Associação criminosa armada;
  • abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • golpe de Estado;
  • dano qualificado pela violência e grave ameaça com emprego de substância inflamável contra patrimônio público e;
  • deterioração de patrimônio tombado.

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Alexandre de Moraes

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, pediu que seja explicado com urgência, sobre o que levou a morte do prisioneiro Cleriston da Cunha.

Moraes, que é relator dos casos que ocorreram em 8 de janeiro, solicitou à Direção do Centro de Detenção Provisória II informações detalhadas sobre a morte do empresário, inclusive cópias do prontuário e de relatórios médicos referentes aos atendimentos recebidos pelo detento.