O senador Plínio Valério (PSDB) afirmou que conseguiu o número necessário para instalar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar ONGs que atuam na Amazônia.

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De acordo com o parlamentar, o pedido de instalação foi desarquivado com 38 assinaturas.

Mas outros três senadores ainda podem assinar o pedido.

“As barrerias são grandes para a não instalação. Talvez em chegue a 41, com a maioria absoluta do senado”, disse Plínio Valério.

CPI das ONGs

O parlamentar explicou que mesmo com o número de assinaturas necessários para a instalação, é necessário que o presidente do Senado, senador Rodrigo Pacheco (PSD), leia o pedido em plenário.

Na legislatura anterior o ex-presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil) leu o pedido, mas com a mudança de parlamentares eleitos, o documento foi arquivado.

Para Plínio, é necessário que se investigue os recursos destinados pelo Fundo Amazônia a algumas ONGs que, segundo ele, não prestam contas sobre os valores recebidos.

“Tem uma ONG chamada Urihi Yanomami que pegou R$ 33 milhões há alguns anos para cuidar da saúde dos Yanomami. A gente precisa apurar denúncias e checar o que esse pessoal está fazendo de verdade aqui na Amazônia”, disse.

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Senador afirmou não há prestação de contas e de transporte de tráfico de ONGs.

“Eles pegaram dinheiro do Fundo Amazônia e não prestaram conta (…) Tem denúncias do Mandetta (ex-ministro da Saúde) que as aeronaves contratadas por essas ONGs traficavam drogas. Então a gente precisa investigar e abrir essa caixa preta”, afirmou.

Apoio de parlamentares da região Norte

O senador Mecias de Jesus (Roraima-RR) foi um dos parlamentares que assinou o pedido para instalação da CPI.

O parlamentar afirmou que nem todas as ONGs praticam irregularidades, mas é necessário buscar transparência.

“É necessário que essa transparência permita que todos conheçam os serviços prestados pelas ONGs e também o que é feito com os recursos que eles estão recebendo de organismos internacionais”, disse.