O senador Plínio Valério (PSDB-AM) foi o único parlamentar amazonense a votar contra a intervenção federal no Distrito Federal (DF).
O decreto de intervenção foi aprovado e a votação ocorreu no Senado nesta terça-feira (10).
A intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal foi assinada no domingo (8) pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva.
A ação ocorreu após a invasão e depredação dos prédios dos Três Poderes em Brasília.
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Logo após a votação simbólica no Senado Federal, nesta terça, o Portal Norte questionou Plínio sobre a posição dele contra a intervenção.
O parlamentar ressaltou que reprova a forma de como o decreto foi criado. Para ele, o processo não segue as regras da Constituição.
“Eu abomino tudo o que é tipo de violência, mas também abomino quando se quer rasgar a constituição. A intervenção federal, o ato do presidente deveria passar por dois conselhos. […] E o Lula não ouviu nada, então é inconstitucional, e eu não vou concordar. Não posso, por ter medo, receio de opinião, ser a favor só para ir Maria vai com as outras”, comentou.
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O senador também relatou ser contra quem pratica violência, mas condena a prisão de bolsonaristas e a forma de como eles estão sendo tratados.
“Eu abomino toda e qualquer tipo de violência, lugar de bandido é na cadeia, e lugar de inocente é em casa com a família. Não é em ginásio tipo chiqueiro, como esse pessoal está sendo tratado em Brasília. Sem água, sem banheiro, e sem comida. Pelo menos nas 24 horas”, finalizou o senador.
Mais cedo, em suas redes sociais, o senador já havia se pronunciado contra a intervenção federal.
Veja vídeo do senador Plínio Valério
Votação no Senado
O Senado aprovou nesta terça-feira (10) o decreto de intervenção federal na segurança pública no Distrito Federal assinado no domingo (8) pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva.
A votação do decreto no Senado foi simbólica, não teve contagem nominal dos votos.
Apenas oito senadores se posicionaram contra a medida. Todos são apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Foram eles:
- Carlos Portinho (PL-RJ)
- Carlos Viana (PL-MG)
- Eduardo Girão (PODEMOS-CE)
- Flávio Bolsonaro (PL-RJ)
- Luis Carlos Heinze (PP-RS)
- Plinio Valério (PSDB-AM)
- Styvenson Valentim (PODEMOS-RN)
- Zequinha Marinho (PL-PA)
O decreto presidencial vai até 31 de janeiro e também foi aprovado pelo plenário da Câmara dos Deputados nesta segunda-feira (9).
As sessões extraordinárias foram convocadas às pressas após os atos criminosos de vandalismo ocorridos contra os Três Poderes no domingo (8), em Brasília.