Ícone do site Portal Norte

Senadores da CPI da Covid foram principais alvos de espionagem pela Abin

Presidente da CPI Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM) em pronuciamento durante os trabalhos da Comissão em 2022. Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Os senadores que fizeram parte da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid foram os principais alvos de monitoramento ilegal da “Abin Paralela”, segundo informações do repórter Tullio Amâncio, da Band. 

A emissora teve acesso com exclusividade a lista de autoridades espionadas ilegalmente, durante a gestão do ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência, Alexandre Ramagem.

Entre os nomes da lista de monitorados ilegalmente está o senador Omar Aziz (PSD-AM), que na época presidia a CPI da Covid.

Além de Omar, outros senadores que integravam a CPI teriam sido espionados, entre eles, o vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL) e os senadores Otto Alencar (PSD-BA), Rogério Carvalho (PT-SE), Humberto Costa (PT-PI), Alessandro Vieira (MDB-SE), Soraya Thronicke (Podemos-MS) e Simone Tebet, que na época era senadora pelo MDB.

A lista divulgada também traz nomes de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), como o do presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes. Governadores também teriam sido alvos da espionagem ilegal, como João Doria, eleito com o apoio de Bolsonaro em São Paulo, e Camilo Santana, que governou o Ceará.

Os Deputados Federais, Kim Katagiri e Alexandre Frota, que foram aliados de Bolsonaro e abriram divergência durante o governo do ex-presidente, também teriam sido rastreados pelo programa First Mile.

Segundo as investigações, o monitoramento ilegal era comandado por Ramagem e encabeçado pelo vereador Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ambos negam participação no esquema ilegal.

O ministro do Supremo, Cristiano Zanin, deu o prazo de 10 dias ao Congresso Nacional para apresentar informações sobre a regulamentação do uso pelo poder público de programas que permitam o monitoramento de cidadãos. 

Procurado, o senador Omar Aziz, ainda não se manifestou sobre o assunto.

Sair da versão mobile