Um serial killer conhecido como Giban foi preso pela Polícia Civil do Amazonas no quilômetro 15, da BR-174, na segunda-feira (23).

A prisão do suspeito, apontado como autor de três feminicídios, foi divulgada pela polícia apenas na tarde desta terça (24). Ele teria matado uma idosa com 73 facas em 2022.

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O suspeito foi identificado como Natan de Melo Furtado, de 33 anos, conforme informações da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).

A prisão do serial killer ocorreu em ação conjunta com a 31ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Iranduba, distante 27 quilômetros de Manaus.

Investigações sobre serial killer

Durante coletiva de imprensa, o delegado Ricardo Cunha, titular da DEHS, informou que as investigações do caso foram conduzidas pelo Núcleo de Combate ao Feminicídio (NFC).

“Hoje trazemos a apresentação das investigações em torno deste homem considerado um ‘serial killer’, tendo em vista que vitimou três mulheres, com padrões parecidos; idades acima de 40 anos e solteiras”, informou o delegado.

Ainda segundo Ricardo Cunha, o serial killer se aproximava das vítimas, ganhava a confiança delas, adquiria vantagens e depois retirava a vida das mulheres, de forma brutal.

Crimes praticados po Giban

Conforme a delegada Marília Campello, coordenadora do Núcleo de Combate ao Feminicídio, os dois primeiros feminicídios ocorreram em Boca do Acre (a 1.028 quilômetros da capital).

Os assassinatos ocorreram nos dias 27 de setembro de 2016 e 27 de junho de 2021, e tiveram como vítimas Esmeralda Rocha da Cruz e Ana Lucia Barbosa da Silva, que tinham 51 e 45 anos, respectivamente.

Ambas foram mortas com golpes de arma branca e tiveram seus corpos queimados para ocultar os crimes.

A delegada relatou que ele chegou a ser preso em flagrante em 2021, naquele município, mas fugiu e veio para Manaus. Com ambas as vítimas, ele mantinha relacionamento amoroso.

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Já em Manaus, no dia 22 de junho de 2022, ele cometeu o terceiro feminicídio, que teve como vítima Leonor Maria Nascimento da Silva, que tinha 57 anos.

Leonor foi encontrada morta com 73 perfurações causadas por arma branca, em sua residência no bairro Raiz, Zona Sul da cidade.

“Com a Leonor ele não tinha nenhum relacionamento afetivo. Era uma mulher idosa que vivia com sua filha, uma trabalhadora. Um dia, sua filha voltou do trabalho e encontrou a mãe morta”, contou a delegada.

Imagens de câmeras registraram o momento em que o serial killer saiu do local com alguns objetos.

“Estamos aguardando o resultado da perícia para constatar se ela foi abusada sexualmente. Mas a motivação de todos os crimes é clara, ódio brutal as mulheres”, enfatizou.

Natan responderá por feminicídio. Ele será encaminhado à audiência de custódia e ficará à disposição do Poder Judiciário.