O Setembro Amarelo é uma campanha brasileira de prevenção ao suicídio que começou em 2015. 

Setembro foi o mês escolhido, pois, desde o ano de 2003, o dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. 

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A prática geralmente é associada à depressão, doença que atinge aproximadamente 12 milhões de brasileiros, de acordo com os dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). 

O que muitos não sabem, mas os pets podem ser um excelente companheiro e aliado no combate a essa doença.

Entenda um estudo feito por psiquiatras da Clínica Médico-Psiquiátrica da Ordem, na cidade do Porto, em Portugal:

A clínica colocou 40 pacientes diagnosticados com distúrbio depressivo grave em contato com animais durante o tratamento, e outros 40, com o mesmo diagnóstico, sem contato com os pets no mesmo período. 

Segundo o resultado da pesquisa, os pacientes que tiveram contato mostraram uma significativa melhora no quadro, a outra metade não apresentou melhora alguma.

“A interação e brincadeiras com os pets ajudam, principalmente, aquelas pessoas que moram sozinhas ou que se sentem mais sós”, explica a médica veterinária da Botupharma, Bruna Fabro. 

Além disso, é comprovado cientificamente que a relação de cuidado e afeto com os animais de estimação aumenta os níveis de oxitocina, que estimula a produção de dopamina e serotonina, substâncias que diminuem o sentimento de depressão e solidão.

“Quando uma pessoa chega em casa depois de um dia difícil e estressante e encontra o seu animal de estimação fazendo festa, isso acaba lhe dando um pouco de ânimo e até afasta pensamentos negativos”, afirma Bruna.

Depressão animal  

Mas não são apenas os seres humanos que sofrem com a depressão, ela também pode afetar os pets. 

Há centenas de fatores que podem desencadear essa doença nos pets, a mais frequente é a ausência do dono. 

“Não é recomendado deixar os animais sozinhos por muito tempo, principalmente quando eles ficam em ambientes muito escuros, sem interação com pessoas ou mesmo sem passear”, ressalta a médica veterinária.

 A troca de donos também pode desenvolver neles um comportamento depressivo, principalmente quando já estão bastante apegados ao espaço e aos seus tutores, então é bom ficar atento para saber se o animal se adaptou ao novo local e não teve nenhuma mudança brusca de comportamento.

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O luto também segue como um dos principais motivos para que os pets fiquem mais tristes. 

Mas  não é apenas a perda do seu dono que faz com que eles mudem de comportamento: se ele conviverem com outros animais no dia a dia e um deles vier a falecer, isso pode causar depressão. 

“Há diversos casos de pets que ficaram  aguardando seus donos por um longo tempo após o falecimento destes”, diz Bruna.

Para saber se o pet está com depressão, é preciso ficar atento(a) aos sinais e às mudanças de comportamento.

Sintomas 

 Entre os sintomas estão a perda de apetite e a perda de peso, sonolência, olhar triste, vontade de ficar isolado, agressividade e coceira excessiva. 

“O ideal é reparar se o pet deixou de fazer coisas que ele costumava fazer ou se ele está agindo de maneira estranha com mudança em sua rotina, troca de residência ou a ausência e distanciamento de seu o dono(a)”, finaliza a médica veterinária.