O jornal El Pais informou nesta sexta-feira, 29, que a promotoria espanhola pediu mais de oito anos de prisão para a cantora colombiana Shakira por fraude fiscal.

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Segundo o jornal, o Ministério Público espanhol pede uma multa de mais de 23 milhões de euros (cerca de US$ 23,5 milhões).

O escritório da promotoria espanhola e os representantes de Shakira ainda não comentaram o caso.

Na quarta-feira, 27, Shakira anunciou que havia recusado um acordo com o Ministério Público e pretende ir a julgamento.

Seus advogados indicaram que a possibilidade de um acordo segue sendo possível até a abertura do eventual julgamento, em um tribunal de Barcelona, no nordeste da Espanha.

Contatada pela AFP, a acusação não se pronunciou.

Em sua defesa, Shakira afirmou em comunicado que “a promotoria tem insistido em recolher o dinheiro ganho em (suas) turnês internacionais e no ‘The Voice'”.

Ela lembrou que pagou os 17,2 milhões de euros (US$ 17,4 milhões) reivindicados pelo Tesouro e, portanto, considera que “desde muitos anos não existe nenhuma dívida pendente com o Ministério das Finanças”.

A Procuradoria atribui à cantora  uma fraude fiscal de 14,5 milhões de euros, entre os anos de 2012 e 2014.

Segundo sua versão, Shakira vivia na Espanha desde 2011, quando tornou sua relação com o jogador do Barcelona, Gerard Piqué, pública. Entretanto, manteve até 2015 sua residência fiscal nas ilhas Bahamas, considerada um paraíso fiscal.

Defesa

Em sua defesa, os advogados de Shakira alegam que até 2014 a maior parte de seus rendimentos vinham das turnês internacionais e até esse ano ela não permaneceu mais que seis meses na Espanha, tempo necessário para considerar esse país sua residência fiscal.

Rejeição 

Em maio, um tribunal em Barcelona rejeitou um recurso interposto por Isabel Mebarak Ripoll, nome completo da artista, ao solicitar o arquivamento da investigação.

Shakira apareceu na chamada ‘Pandora Papers’, uma extensa investigação dos milhares de documentos vazados publicamente em 2021 pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos.

Neles, centenas de personalidades recorrem a paraísos fiscais para fins de evasão tributária.

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