A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou, na quinta-feira (18), um relatório sobre um estudo que revela o aumento nas internações de crianças pequenas devido à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nos últimos dois meses. O aumento de casos foi notado nos estados do Amapá, Roraima e Pará.

Entre junho e julho deste ano, o Amazonas registrou um aumento de 38% no número de casos por SRAG.

Casos de SRAG

O estudo identificou que a maioria dos casos de SRAG é causada pelo vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus. O VSR afeta com frequência os bebês nos primeiros meses de vida e pode levar a bronquiolite.

De acordo com o boletim da Fiocruz, nas últimas seis semanas, os estados do Sudeste, exceto o Rio de Janeiro, registraram um aumento nas internações devido a infecções pelos vírus influenza, VSR e rinovírus.

No entanto, a tendência nacional é de queda contínua nos casos, conforme os dados da semana epidemiológica 28, que abrange o período de 7 de junho a 13 de julho.

A fundação também aponta que a covid-19, causada pelo vírus Sars-CoV-2, circula em níveis baixos, mas é a principal causa de internação por SRAG entre os idosos e a segunda maior causa de mortes por SRAG.

Ademais, os pesquisadores notaram um leve aumento na atividade da covid-19 em alguns estados do Norte e Nordeste, especialmente no Ceará, Piauí e Amazonas.

Até agora, o Brasil registrou 97.469 casos de SRAG no ano, dos quais 47.401 (48,6%) tiveram resultados laboratoriais positivos para algum vírus respiratório. O VSR é o mais frequente e responsável por 45% das notificações.

Vacinação

A Fiocruz recomenda fortemente a vacinação contra a covid-19 e a Influenza para todas as pessoas elegíveis. Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, o VSR foi o principal causador de internações por SRAG, representando 38,8% dos casos. Em seguida, os vírus que se destacaram foram:

  • Influenza A (21,5%);
  • Covid-19 (8,7%); e
  • Influenza B (1%).

Mortes por SRAG

A Influenza A é a principal causa de mortes, com 40,7% dos casos. Posteriormente, vem o Sars-CoV-2, que é responsável por 26,2% dos óbitos.

Além disso, das 5.982 mortes registradas por SRAG , 3.243 (54,2%) tiveram resultado laboratorial positivo para um vírus respiratório . Dentre os casos, a covid-19 é o principal responsável, com 55% dos casos.

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