O advogado de direiros autorais da Workshow, Mauricio Carvalho, foi quem reconheceu os corpos de Marília Mendonça e dos demais passageiros do avião bimotor que caiu na última sexta-feira, 5, na região de Piedade de Caratinga (MG), matando a artista de 26 anos e outros quatro tripulantes.

Além da cantora e compositora, estavam na aeronave o tio e assessor dela, Abiceli Silveira Dias Filho, o produtor Henrique Ribeiro, o piloto Geraldo Martins de Medeiros e o co-piloto Tarciso Pessoa Viana.

Maurício chegou à cidade horas depois do acidente e foi direto para o IML realizar o reconhecimento dos corpos e liberá-los. Na manhã de sábado, 6, dia seguinte da tragédia, ele esteve no local onde o avião caiu para recolher alguns pertences das vítimas, que a pollícia ainda não tinha conseguido resgatar.

“Havia o medo da cachoeira levar o avião, que estava em um lugar muito instável, impossibilitando o recolhimento de todos os objetos. Quando chegamos lá, encontramos passaportes, documentos, celulares ainda recebendo mensagens, iPads, a sandália dela, roupas…. Foi muito triste e impactante olhar aquilo tudo, as roupas. Colocamos dentro do nosso avião e trouxemos conosco. O resto está sendo catalogado pela polícia para ser entregue às famílias”, disse o advogado.

“Achamos algo que, aparentemente, é um diário que pode conter músicas inéditas, além de outras coisas. Mas ele estava muito molhado e ficamos com medo de estragar. Preferimos acondicionar de maneira correta, esperar secar até verificar do que se trata”, completou.

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Durante toda a manhã de sexta-feira, Mauricio ficou ocupado em reuniões da empresa. De lá, seguiu para a academia e somente depois que finalizou o treino checou o celular, já repleto de mensagens com rumores do acidente.

“Liguei para o escritório e ninguém sabia de nada, as informações estavam totalmente desencontradas, não havia nada sólido. Comecei a receber mensagens de pilotos de avião, porque minha família tem aeronave, e a gente conhece o meio. Pedi para acionar um jato, que já ficou na pista esperando, falei com o empresário e ficamos de prontidão”, conta Carvalho.

“Só foi o tempo de passar no meu apartamento para pegar minhas coisas e partir. Pousamos na cidade mais próxima e percorremos 150 quilômetros até o local do acidente. Fui chorando daqui até lá. Me emocionei muito, sou pai, lembrava do Leo (filho de Marília), imaginava: “E se fosse minhas filhas?”. Fiquei em choque, era tudo muito inacreditável, disse emocionado.

Agora, segundo Mauricio, a tristeza tomou conta do escritório, que também atende artistas como Henrique e Juliano, Maiara e Maraísa, Hugo e Guilherme, Tierry, entre outros. “Muitos cancelaram os shows. Somos uma família, quando acontece com um, acontece com todos. Vamos ter que juntar os caos para seguir adiante”.

O que fazer com o legado da artista, praticamente uma usina de composição, deverá ser um assunto estudado delicadamene pela família.

“É muito cedo para raciocinar. Ela tem muita coisa lançada, além de grande cantora e intérprete, é uma compositora de obra vasta, tem músicas gravadas por alguns dos principais artistas do Brasil. Deixa um vasto material. Agora, os familiares terão que entender de que modo tratar a obra dela. E terão toda a assessoria”, disse.

 

Polícia Civil aguarda laudo para determinar causa da morte de Marília Mendonça

A Polícia Civil fez uma coletiva de imprensa e relatou que as amostras do material genético de todas as vítimas do acidente aéreo que matou Marília Mendonça já estão no Instituto Médico Legal de Belo Horizonte.

Os especialistas farão exames de alcoolemia e toxicologia para determinar as causas exatas das mortes.

Os peritos afirmaram que os trabalhos periciais e de investigação já estão em andamento, mas que ainda aguardam alguns exames complementares.

A Polícia precisa aguardar o laudo completo antes de divulgar as causas exatas das mortes. A previsão é que todo o inquérito seja concluído em cerca de 30 dias.

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