O Secretário de Segurança Pública de São Paulo, Capitão Guilherme Muraro Derrite, defendeu nesta segunda-feira (9) o uso do diálogo no desmonte dos acampamentos pró-Bolsonaro montados no estado. 

O gestor nomeado pelo atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republianos), afirmou que dará cumprimento à ação do STF que ordenou o fim dos acampamentos em todo Brasil, com uso escalonado da força. 

“Com diálogo vamos informar os manifestantes que há uma ordem judicial para a desmobilização dos acampamentos”, disse o Secretário de Segurança Pública em entrevista coletiva na manhã desta segunda.

No domingo, Derrite informou que reforços teriam sido colocados no entorno da Assembléia Legislativa, do Tribunal de Justiça e do Palácio dos Bandeirantes (sede do governo de São Paulo), de maneira preventiva. 

De acordo com ele: “Atos de violência não serão tolerados”.

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Também no domingo, a Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo divulgou uma nota à imprensa sobre o pedido de desmonte dos acampamentos bolsonaristas.

Nela, o ouvidor Claudio da Silva pede a “desmobilização de acampamentos golpistas no Estado de São Paulo”, em especial aquele que se encontra em frente à Assembleia Legislativa — instalado há cerca de dois meses.

Ele apela tanto a Guilherme Derrite, quanto ao governador Tarcísio de Freitas.

Bloqueio da Marginal Tietê

Manifestantes invadiram a Marginal Tietê, sentido Ayrton Senna, na manhã desta segunda, ateando fogo em objetos. 

Apesar de Guilherme Derrite, Secretário de Segurança Pública, afirmar que, diferente de Brasília, o cenário de São Paulo é de tranquilidade.

O ato causou o bloqueio das vias das 5h40 até 7h22, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), justamente no dia em que a capital paulista retoma o rodízio de veículos. 

A circulação de estradas foi prejudicada pela paralisação. No começo da manhã, a Rodovia Castelo Branco apresentava mais de três quilômetros de congestionamento.