O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes autorizou, nesta terça-feira (3), uma operação de busca e apreensão em endereços da deputada Carla Zambelli.

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O principal objetivo dos dois mandados era o de recolher armas que estavam no endereço da parlamentar.

Em 29 de outubro, na véspera do segundo turno das eleições, a deputada Carla Zambelli sacou a arma de fogo e ameaçou um homem na cidade de São Paulo.

O agente que acompanhava a parlamentar, Valdecir Silva de Lima Dias, fez um disparo com outra arma.

O ministro do STF Gilmar Mendes suspendeu, em dezembro de 2022, o porte de armas da deputada e deu 48h para a parlamentar entregar a arma utilizada para ameaçar o homem em São Paulo.

O magistrado julgou que a utilização da arma de fogo foi além dos limites da legítima defesa.

“Diante dos elementos até então colhidos, observo que os documentos juntados aos autos, especificamente o auto de prisão em flagrante, os vídeos do evento e o conteúdo das declarações da investigada, autorizam inferir a presença do fumus comissi delicti, consistente na utilização de arma de fogo para além dos limites da autorização de legítima defesa, desde já afastada a suposta defesa da honra”, escreveu o ministro do STF.

No entanto, após um familia entregar a arma de fogo à Polícia Federal, agentes foram cancelar o número do armamento e perceberam que havia outros registrados no nome da deputada.

A informação foi comunicada ao Supremo Tribunal Federal e a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, pediu a apreensão das armas.

Em nota à imprensa, a assessoria de Carla Zambelli condena a decisão do Supremo.

O texto afirma que é uma medida “invasiva” e que o recurso da deputada não foi apreciado.

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Confira a nota

A deputada federal Carla Zambelli informa que, nesta terça-feira, tomou conhecimento de uma decisão de busca e apreensão determinada pelo Supremo Tribunal Federal, para fins de recolhimento de armas para defesa pessoal que estavam em sua residência.

Chama a atenção que mesmo a dep. Zambelli tendo cumprido integralmente a decisão anterior, de forma voluntária, o STF tenha determinado uma medida ainda mais invasiva em seus endereços.

É preciso informar que o recurso apresentado pela defesa da deputada não foi sequer apreciado, mesmo tendo sido protocolado antes do novo pedido de busca e apreensão da PGR.

Por fim, Zambelli informa que cooperou, como sempre fará, com as autoridades policiais para o cumprimento da decisão.

Caso qualquer atentado à vida da deputada, agora desprotegida, aconteça, já sabemos o responsável.