O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou dois habeas corpus que pediam a liberdade de Anderson Torres, em Brasília.

A informação foi divulgada pelo órgão nesta sexta-feira (28).

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O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal está preso desde 14 de janeiro sob suspeita de participação nos atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro.

Um dos habeas corpus impetrados pela defesa de Torres apresentou um laudo médico informando que o ex-ministro corre “risco de suicídio”.

Já o outro pedido de liberdade sustenta que a prisão preventiva, passados quase quatro meses, é ilegal.

O que diz o STF

Em ambos os pedidos, Barroso assinalou que a jurisprudência da Corte não permite habeas corpus contra decisão monocrática de ministros da Corte.

“Nessas condições, não há alternativa senão julgar extinto o processo, sem resolução do mérito, por inadequação da via eleita”, assinalou o ministro.

A prisão preventiva de Torres foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, e sua decisão foi referendada pela Corte.

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Anderson Torres e senhas falsas

Nesta sexta (28), o ministro Alexandre de Moraes, do STF, intimou a defesa dr Anderson Torres a explicar em até 48h a entrega de senhas falsas à Polícia Federal (PF).

O ex-gestor foi preso após voltar de viagem aos Estados Unidos (EUA).

Enquanto ainda estava fora do Brasil, informou à PF que perdeu o aparelho celular.

Depois, conforme a PF, entregou aos investigadores as senhas da nuvem do seu aparelho.

Ainda de acordo com informações da polícia, nenhuma senha funcionou.

“Diante da informação prestada pela Polícia Federal, no sentido de que se constatou que nenhuma das senhas fornecidas estava correta, o que inviabilizou a extração dos dados armazenados no serviço” de nuvem de Anderson Gustavo Torres, intimem-se os advogados regularmente constituídos para que, no prazo de 48 horas, prestem esclarecimentos sobre as informações da autoridade policial”, diz a decisão.