O Supremo Tribunal Federal (STF) tornou réus mais 200 envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

O julgamento virtual terminou na noite desta última terça-feira (2) no plenário do STF.

Este é o terceiro grupo de investigados, totalizando 550 das 1,3 mil denúncias apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Na modalidade virtual, os ministros depositam os votos no sistema eletrônico e não há deliberação presencial.

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O voto do relator, ministro Alexandre de Moraes foi o primeiro a ser inserido no sistema, a favor do recebimento das denúncias.

O placar do julgamento virtual foi finalizado por volta das 23h, com oito votos que seguiram totalmente o relator, ministro Alexandre de Moraes, pelo recebimento integral das denúncias.

André Mendonça e Nunes Marques divergiram parcialmente do relator e aceitaram a acusação somente para os acusados que participaram da depredação, não incluindo quem foi preso no quartel do Exército, em Brasília, um dia após os atos.

Até o momento, 300 investigados se tornaram réus após decisão da Corte.

Cerca de 1,3 mil pessoas foram denunciadas ao Supremo pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Além do relator, votaram pelo recebimento das denúncias os ministros Dias Toffoli, Edson Fachin, Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia, Luiz Fux e a presidente, Rosa Weber.

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Com isso, serão abertas ações penais, com nova coleta de provas, tomada de depoimentos de testemunhas, além de interrogatórios dos réus. Não há prazo para a conclusão dos julgamentos.

Além disso, eles também podem responder pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de estado, deterioração de patrimônio tombado.

Conforme levantamento do STF, das 1,4 mil pessoas que permaneceram presas no dia dos ataques, 294 (86 mulheres e 208 homens) continuam no sistema penitenciário do Distrito Federal.

Os demais foram soltos por não representarem mais riscos à sociedade e às investigações.