No Brasil, a leptospirose emerge como uma doença epidêmica durante os períodos chuvosos, principalmente em áreas urbanas densamente povoadas, como capitais e regiões metropolitanas.

Isso ocorre devido às enchentes associadas à concentração de populações de baixa renda, à falta de saneamento adequado e à alta presença de roedores infectados.

A leptospirose está presente em todo o território nacional, com maior incidência na região sul. Segundo dados do Ministério da Saúde (MS) já são 314 casos da doença no Brasil em 2024.

A região Norte registra o menor número. São 43 casos confirmados neste ano, sendo 17 no Pará, 11 no Acre, 7 no Amazonas e no Amapá e um caso no Tocantins. Roraima e Rondônia não tiveram casos da doença.

Apesar do Sul liderar o número de casos, o Sudeste tem o maior número de óbitos por leptospirose. A região registra 28 mortes, seguido do sul, com 26. O Paraná lidera os casos com 18 registros. Em seguida está o Rio Grande do Sul com 6 mortes e Santa Catarina com duas.

O Norte registra 6 mortes, o menor número de todas as regiões do país. Rondônia, Acre e Amapá não registraram óbitos.

De acordo com o MS, a doença tem uma taxa média de letalidade de 9%. Entre os casos confirmados no Brasil, os homens com idades entre 20 e 49 anos são os mais afetados, embora não haja predisposição de gênero ou idade para contrair a infecção.

O ministério da Saúde informou em nota que intensificou o monitoramento de casos de leptospirose e outras doenças no Rio Grande do Sul, após as enchentes. Além disso, vai reforçar a vacinação contra influenza, Covid-19, tétano, hepatite A e raiva.