O advogado do presidente Lula (PT), Cristiano Zanin, de 47 anos, foi indicado nesta quinta-feira (1º) para ocupar a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF).

Ao todo, três ministros foram indicados pelo petista ao longo dos anos.

Se o nome for aprovado no Senado e o advogado tomar posse, o STF vai ter três ministros indicados por Lula, mas em datas diferentes.

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A ministra Cármen Lúcia foi indicada e empossada em 2006, no primeiro mandato de Lula; Dias Toffoli em 2009, no segundo mandato, e Cristiano Zanin, indicado no terceiro mandato.

Ricardo Lewandowski se aposentou em abril e também foi indicado por Lula em 2006.

Ao todo, o atual presidente já indicou nove ministros ao STF, incluindo Zanin.

Cezar Peluso, Ayres Britto, Joaquim Barbosa e Eros Grau, que se aposentaram por idade, também foram indicados pelo petista.

O ministro Menezes Direito, que faleceu em 2009, aos 66 anos, vítima de complicações de um tumor no pâncreas, também foi indicado pelo presidente.

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PT e sete indicados

Com a indicação de Zanin, o Partido dos Trabalhadores (PT) é responsável por escolher sete nomes para ocupar cargos no STF.

Isso porque, além dos três escolhidos por Lula (Cármen Lúcia, Dias Toffoli e Zanin), há no STF Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin, ministros nomeados nos mandatos de Dilma Rousseff:

Além desses, Dilma também chegou a escolher para o STF o ministro Teori Zavascki – que tomou posse em novembro de 2012, mas morreu em uma queda de avião em Paraty (RJ) em janeiro de 2017.

Quem é Cristiano Zanin

Nascido em Piracicaba, cidade de 400 mil habitantes no interior paulista, Cristiano Zanin cursou Direito na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

O advogado ficou conhecido nacionalmente por ter defendido Lula nos processos da Operação Lava Jato, o que torna a escolha carregada de simbolismo.

Ele também foi coordenador jurídico da campanha do presidente em 2022 e, no governo de transição, assumiu a área de cooperação jurídica internacional.

Partiu de Zanin o recurso que declarou o ex-juiz Sergio Moro parcial e reabilitou Lula politicamente.

As audiências de instrução da Lava Jato foram marcadas por embates entre o advogado e o então juiz.