O suspeito de planejar a execução do ataque contra o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e outras autoridades e conhecido como Forjado, é Patric Velinton Salomão, de 42 anos.

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Conforme o site da UOL, Forjado, deixou a Penitenciária Federal de Brasília há pouco mais de um ano com a missão de executar os ataques do PCC, desarticulados nessa quarta-feira (23) pela Polícia Federal (PF).

Os ataques eram direcionados contra o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e Lincoln Gakiya, promotor de São Paulo, entre outras autoridades, segundo o UOL apurou com fontes da Segurança.

O que se sabe

O suspeito de colocar em prática o plano de assassinar autoridades e servidores do sistema penitenciário federal, Forjado, queria pegar a dívida com o PCC (Primeiro Comando da Capital) executando a ação.

Em troca, ele se manteria na liderança da facção, onde integra um especializado em ações complexas. Na prisão, Forjado tinha um perfil questionador.

Segundo policiais que atuaram no sistema penitenciário federal em Brasília, ele demonstrava liderança na ala em que cumpria pena e costumava estar cercado pela cúpula do grupo criminoso.

Ele atuava como “advogado” dos demais integrantes do PCC na unidade federal. Perguntava sobre atendimentos de saúde, jurídicos e assistência social. Às vezes, demonstrava perfil autoritário.

Era apontado como uma liderança do segundo escalão, como Cláudio Barbará da Silva, conhecido como Barbará, e Edmar dos Santos.

Todos recebiam informações por meio de salves.

Alvo da PF, Forjado está foragido.

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As ordens do PCC

Lideranças consideradas secundárias na facção têm assumido, desde 2015, a missão de resgatar de presídios integrantes da cúpula da organização criminosa.

Membros do segundo escalão do PCC saem da prisão com dinheiro e com “missões” definidas.

Piauí, chefe do tráfico de drogas na favela Paraisópolis, zona sul paulistana, que estava recolhido em presídio federal desde 2012, assim como Forjado, deixou uma penitenciária federal — a de Catanduvas — em 2012 e assumiu planos de assassinato.

Autoridades policiais do Sistema Penitenciário Federal afirmam que, com a capilaridade e a estrutura do PCC, muitos integrantes podem ser tornar líderes rapidamente — o que contribui com a efetivação e a manutenção do plano contra autoridades.
F
orjado é considerado um “staff”, uma espécie de apoio aos membros da cúpula do PCC. Segundo policiais ouvidos pelo UOL, Forjado assumia o comando da ala em que cumpria pena sempre que alguma liderança deixasse a prisão ou fosse para o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado).

Entre as regras do PCC, quem não cumpre as ordens no prazo determinado e tem papel de liderança vai ser cobrado. O Forjado tinha e tem essa missão, segundo os policiais ouvidos pela reportagem.

A ação que a PF deflagrou contra o PCC

Patric Velinton Salomão é um dos alvos da operação deflagrada na quarta-feira (22), pela Polícia Federal para desarticular planos da facção.

Um dos alvos principais da operação é Janeferson Aparecido Mariano Gomes, o Nefo, preso ontem pela PF. Ele foi processado em São Paulo por furto e extorsão mediante sequestro.

O promotor Lincoln Gakiya vem sofrendo ameaças de morte por parte da cúpula do PCC desde o final de dezembro de 2018.

Foi ele quem articulou a transferência da liderança máxima da organização criminosa para presídios federais. As remoções aconteceram em fevereiro de 2019.

As informações são do site da UOL.