As empresas de telefonia receberam, nesta quarta-feira (26), um ofício apontando a suspensão do aplicativo de mensagens, Telegram.
A ordem veio após a Polícia Federal (PF) constatar que o Telegram não forneceu todos os dados referentes a grupos neonazistas.
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Na última sexta (21), a plataforma de mensagem entregou à corporação os dados requeridos, após intervenção do judiciário.
Conforme a PF, os dados foram solicitados logo após o ataque em escola de Aracruz, para investigar possíveis influências ao caso.
Nas investigações, ainda segundo a corporação, foi constatado que o jovem integrava um grupo com “material de extremismo ideológico”.
Suspensão do Telegram
A Diretoria de Inteligência da PF explicou que o ofício foi encaminhado para as operadoras responsáveis por lojas de aplicativos.
A Justiça solicita que as operadoras interrompam as atividades do Telegram de imediato.
A plataforma de mensagem não entregou à corporação dados de integrantes do grupo específico, com conteúdo neonazista.
Dentre as informações, o Telegram não repassou o número de telefone dos administradores, bem como dos outros participantes.
Além da suspensão, a Justiça expandiu a multa ao Telegram de R$ 100 mil para R$ 1 milhão por cada dia de recusa em dar os dados.
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Conteúdo do grupo
No pedido de quebra de sigilo, foi informado que o jovem responsável pelo ataque na escola de Aracruz participava de grupos neonazistas.
Dentro dessas associações, o jovem consumia materiais com ideais neonazistas, além de conteúdos violentos.
Os integrantes do grupo compartilhavam entre si tutoriais de assassinato e de fabricação de artefatos explosivos.
No grupo também eram compartilhados vídeos de mortes violentas e discursos de ódio contra minorias sociais.
*Sob supervisão de Francisco Santos