O Tribunal de Conta da União (TCU) vai investigar a atuação e possíveis falhas do Ministério da Saúde durante a crise de oxigênio que ocorreu em Manaus na segunda onda da Pandemia da Covid-19, em janeiro de 2021.

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A investigação se dará no âmbito de um processo já instaurado na corte que apura responsabilidades e omissões do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e da cúpula da pasta.

Em julgamento realizado nesta quarta-feira, 30, o ministro-relator, Benjamin Zymler, propôs e votou para deixar a análise do colapso em Manaus no âmbito do processo já instaurado pela Corte no ano passado. O pedido foi aprovado de forma unânime pelo colegiado.

O tribunal vai investigar a atuação de Pazuello, juntamente com três secretários da pasta, na situação envolvendo o plano de abastecimento de oxigênio na capital.

Crise do oxigênio em Manaus

Durante a segunda onda da Pandemia, em janeiro de 2021, Manaus vivenciou um dos seus piores dias da história: o estoque de oxigênio acabou em vários hospitais da cidade levando pacientes internados a morrerem asfixiado, sem ar.

À época, o governo federal transferiu pacientes para outros estados e pediu ajuda aos Estados Unidos com o fornecimento de um avião adequado para levar cilindros a Manaus.

Durante a pandemia, Eduardo Pazuello chegou a visitar a capital do Amazonas para recomendar o “tratamento precoce”, uso de medicamentos rejeitados por entidades médicas e científicas contra a covid-19, como a cloroquina.

Meses depois, o ex-ministro se defendeu na CPI da Pandemia ao dizer ter o registro de três dias de desabastecimento de oxigênio no estado do Amazonas e que o estoque foi normalizado em quatro ou cinco dias.

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