Após a eliminação do Brasil ainda na fase de grupos da Copa do Mundo Feminina de futebol, consumada com o empate por 0 a 0 com a Jamaica, Pia Sundhage se pronunciou.
A técnica do time foi questionada sobre o próprio futuro e o de Marta nos próximos passos da seleção brasileira.
A respeito de si própria, a sueca se limitou a mencionar o contrato que assinou com a CBF em 2019 e estendido em 2021.
“Meu contrato se encerra no dia 30 de agosto do próximo ano, disse Sundhage, sem maiores compromissos.
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O contrato tem a intenção de cobrir a Olimpíada de Paris. A seleção feminina já está classificada para os Jogos de 2024.
Sundhage também respondeu sobre os planos de utilização da craque Marta, de 37 anos, nos próximos anos.
Embora tenha sido novamente evasiva, ela deu a entender que a tendência é que a camisa 10 perca espaço no elenco brasileiro.
“Em relação à Marta, não sei. Acho que ela continuará a jogar. Se ela será convocada, temos que ver. Enquanto eu estiver à frente da seleção, trabalhemos muito para encontrar novas jogadoras. Será cada vez mais difícil que ela se mantenha. Precisamos ser muito melhores do que fomos hoje. E continuarei buscando olhar mais jogadoras”, reiterou Pia.
Ainda no campo do Estádio Retangular de Melbourne, na Austrália, Marta havia concedido entrevista à transmissão oficial do evento em que confirmou que esta foi sua última Copa do Mundo na carreira.
“A Marta acaba por aqui. Não tem mais Marta. Estou muito contente com tudo que vem acontecendo com o futebol feminino no Brasil e no mundo. Não deixem de apoiar. Para elas, é só o começo. Para mim, é o fim da linha”, afirmou a craque.
‘Jogo lento’ e eliminação
Analisando o duelo com a Jamaica, a técnica sueca considerou que o Brasil poderia ter explorado mais a largura do campo no ataque.
Segundo ela, faltou também explorar mais o meio do campo.
Pia admitiu que talvez tenha demorado a mexer no time no segundo tempo.
“O mais importante era tomar alguma atitude e fazer alguma coisa. E então identificar quem estava mais fresca para entrar. A reação pode ter sido um pouco tardia. Talvez teria sido melhor, ao invés de tantos cruzamentos, se nossas jogadoras de meio tivessem entrado mais. Mudar o ponto de ataque para mexer a defesa delas. Nos faltou coragem para penetrar mais”, contou.
Questionada sobre o processo de preparação para a Copa, Pia não enxergou falhas. Pelo menos no calor do momento, não entendeu que algo tenha sido feito de forma errada.
“Fizemos uma boa preparação, com bons jogos e treinamentos. Às vezes, a distância entre sucesso e fracasso é pequena”, disse Pia.
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