As Forças de Segurança do Governo Federal divulgaram, nesta sexta-feira, 12, o balanço das ações realizadas na Terra Yanomami para combate ao garimpo ilegal na região.

Segundo o Poder Executivo da União, de 4 de março a 10 de abril, a administração federal realizou 312 ações de inteligência, fiscalização e repressão dentro da terra indígena.

Dentre os resultados obtidos, há apreensão e inutilização de bens, atuações, embargos e prisão.

Inutilizados

  • 38 mil litros de diesel;
  • 114 kg de mercúrio;
  • 6,6 mil litros de gasolina de aviação.

Destruídos

  • 36 geradores;
  • 49 acampamentos;
  • 200 motores.

De acordo com o Governo  Federal, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil (ANP) realizou a fiscalização de nove pontos de abastecimento e 15 postos revendedores de combustíveis, aplicando 19 autos de infração, três autos de interdição e 26 notificações.

Além disso, 180 pistas de pouso clandestinas foram identificadas na Terra Yanomami e quatro aeronaves foram destruídas.

Ainda conforme o levantamento apresentado pelas Forças de Segurança, o piloto de um helicóptero destruído pelo Exército foi preso e a Justiça Federal manteve a prisão. 

Assim, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) realizou ainda a fiscalização de 121 aeronaves, com duas apreensões. 

Também compõem a lista a destruição de 12 balsas e a apreensão de outras três.

Dessa forma, o levantamento apresentado pela Casa de Governo, contém as medidas realizadas pela operação Catrimani II, das Forças Armadas, e pelos órgãos que atuam no processo de desintrusão.

Na última quarta-feira, 10, o líder indígena Davi Kopenawa pediu apoio ao Papa Francisco, diante dos esforços do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para salvar seu povo.

Apreensão de mercúrio e cassiterita

Os garimpeiros ilegais, além do ouro, miram a retirada de cassiterita do solo indígena. Por isso, a força-tarefa federal apreendeu 7,3 mil quilos de cassiterita no período.

Quanto ao mercúrio, mais de 114 quilos foram apreendidos pela Polícia Federal (PF) na fronteira entre o Brasil e a Guiana.