Em publicação no Diário Oficial da União (DOU) nesta quarta-feira (15), Flávio Dino prorrogou o uso da Força Nacional em terras indígenas do Pará, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.

O objetivo é auxiliar a Fundação Nacional do Indígena (Funai) nas atividades e nos serviços de preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, segundo a portaria divulgada.

A medida vale por 90 dias, a contar a partir desta quarta-feira (15).

+ Envie esta notícia no seu WhatsApp

+ Envie esta notícia no seu Telegram

A Força Nacional então deve permanecer nas terras indígenas:

  • Koatinemo e Cachoeira Seca no Estado do Pará;
  • Na terra indígena Nonoai, no Estado do Rio Grande do Sul;
  • E na Terra Indígena Sararé, no Estado de Mato Grosso.

O garimpo é um dos problemas centrais da região Amazônica, e que motivaram a intervenção em Sararé.

Já em Mato Grosso, o motivo é semelhante, já que as invasões também são motivadas pela busca por ouro.

Além disso, em suas redes sociais, Flavio Dino anunciou que a base fluvial da Polícia Federal será deslocada para o Vale do Javari, no Amazonas, para fortalecer a autoridade da Lei na região.

RELACIONADAS

+ Lula vai a Roraima para conferir como está combate à crise Yanomami

+ Expulsar garimpeiros custará R$ 72 milhões, estima Funai

+ Mais de 19 mil garimpeiros deixaram terras Yanomami, diz comissão

+ Amazônia: desmatamento em terras indígenas e Unidades de Conservação aumentou 79% nos últimos três anos

Garimpo Ilegal em terras indígenas

A problematização do Garimpo, ficou mais evidente após a crise humanitária nas terras Yanomamis e reacendeu a luta contra o garimpo e a proteção dos povos indígenas. 

Só em 2022, segundo o governo federal, 99 crianças Yanomami morreram.

A estimativa é que em toda a Terra Indígena Yanomami, 570 crianças morreram nos últimos quatro anos, na gestão de Jair Bolsonaro

Nesta segunda-feira (13), Lula foi até Roraima, para ver de perto o andamento do combate à crise Yanomami e participar da 52ª Assembleia Geral dos Povos Indígenas de Roraima.

A promessa do presidente Luiz Inácio da Silva  (PT) para acabar com o garimpo ilegal custará cerca R$ 72 milhões, em cálculo feito pela Funai.

O valor reflete o investimento em uma operação de um ano que expulsará os invasores de 7 terras indígenas.

Além disso, para expulsar os garimpeiros das terras amazônicas, a Funai idealizou uma megaoperação com 12 meses de duração.