operação “Tesouro Oculto,” foi deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (4), visando combater crimes de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, organização criminosa, fraude à execução e uso de documento falso.

Segundo o chefe da delegacia fazendária da PF, o delegado Pablo Michel, um ex-parlamentar é o chefe da organização criminosa que já atua no Amazonas há décadas.

” É uma organização criminosa que atua há décadas no nosso estado e já deram um prejuízo estimado até o momento na ordem de R$ 90 milhões. Eles têm como líder um ex-parlamentar e basicamente toda a sua família faz parte do esquema”, comentou o delegado Pablo Michel.

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De acordo com a PF, a organização criminosa abriu mais de 35 empresas para garantir os crimes no Estado.

Além do ex-parlamentar, vários ‘laranjas’, inclusive parentes do líder criminoso, tinham conhecimento dos crimes.

“A maioria tinha conhecimento do esquema criminoso”, enfatizou o Pablo Michel.

Objetos apreendidos pela PF – Foto: Divulgação/PF
Agentes da PF durante a operação em Manaus – Foto: Divulgação/PF

Operação Tesouro Oculto

A operação mobilizou 100 policiais federais, que cumprem 21 mandados de busca e apreensão e 7 mandados de prisão em Manaus e Borba, locais estratégicos identificados durante as investigações.

Foi concedido judicialmente o sequestro e indisponibilidade de bens móveis e imóveis, visando a quitação da dívida perante a Fazenda Nacional no valor de RS 87 milhões.

A investigação iniciou-se em 2019 e apurou um esquema de criação de empresas fraudulentas, por meio de organização criminosa, que fazia a utilização de “laranjas” (sem ciência da sua condição de participante na ação) e de “testas de ferro” (com ciência da participação).

As empreses eram criadas de fato, com CNPJ constituído, com o intuito de darem continuidade a atividade ilegal de venda de planos de saúde sem registro na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), além de sonegar créditos fiscais, frustrar direitos trabalhistas, fraudar credores e lavar os ativos ilícitos obtidos por meio.

Agentes da PF durante a operação em Manaus – Foto: Divulgação/PF

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