A Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Bradesco anunciaram na noite de quarta-feira (29) a retomada das operações de empréstimo consignado do INSS.
A modalidade de empréstimo é destinada a aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
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O anúncio foi feito depois que o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) aprovou aumento para o teto de juros nos contratos, de 1,7% para 1,97% ao mês.
A proposta teve o aval prévio do presidente Lula e foi apresentada pelo ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, que preside o conselho.
A expectativa é de que outros bancos também retomem suas operações nos próximos dias, conforme do CNPS.
Ajustes na taxa do consignado do INSS
A decisão do CNPS representou um recuo em relação à decisão tomada no último dia 13, quando a taxa foi derrubada dos 2,14% anteriores para 1,7%.
Como reação, os bancos deixaram de liberar novos financiamentos, com o argumento de que as operações não eram mais lucrativas.
Quase metade dos beneficiários do INSS são titulares de empréstimos no consignado.
A medida também provocou uma crise no governo. Lupi foi acusado de apoiar o corte sem consultar antes a área econômica do governo.
O novo patamar ficou dentro do meio-termo negociado entre Lupi e os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Rui Costa (Casa Civil).
A proposta foi aprovada por membros do governo, aposentados e trabalhadores.
Houve abstenção dos empregadores, representados por organizações formadas por bancos, e voto contrário do Sindicato Nacional de Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), que defendia uma taxa máxima de 1,90%.
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Cartão de crédito do consignado
No caso do cartão de crédito do consignado, o teto dos juros será de 2,89% ao mês.
Ele funciona como um cartão de crédito comum, com o valor da fatura podendo ser descontado, total ou parcialmente, do valor do benefício.
Conforme Lupi, o presidente Lula pediu análise, nos próximos 30 dias, sobre o futuro do consignado e do cartão de crédito vinculado.