Neste domingo (3), o governador Wanderlei Barbosa assinou o Memorando de Entendimento (MoU) com a Coalizão Under2 se comprometendo a zerar as emissões de gases do efeitos estufa no Tocantins até o ano de 2050.

A assinatura aconteceu durante a Assembleia Geral dos Membros Under2, paralelamente à programação da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2023 (COP28) em Dubai, nos Emirados Árabes.

O tratado foi assinado por mais de 270 Estados de diferentes países.

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A adesão do Tocantins significa que o Estado se compromete a realizar iniciativas para que a quantidade de emissões de todos os setores (indústria, agropecuária, transporte e outros) seja zerada por meio do plantio de árvores, do reflorestamento e da manutenção de áreas conservadas.

Wanderlei Barbosa ressaltou que algumas dessas ações já fazem parte das políticas adotadas pelo governo do estado, tais como o combate às queimadas e a degradação do solo. Recentemente o Governo do Tocantins firmou o Pacto pelo Desmatamento Ilegal Zero com o setor produtivo.

A partir da COP28 o Tocantins contará com a adoção de novas tecnologias, políticas, mecanismos de financiamento e incentivos econômicos que auxiliem na redução das emissões.

“Nós já temos visto os efeitos danosos da mudança do clima em várias regiões do Brasil. No Tocantins, nos últimos dias, tivemos tempestades que não são comuns, que deixaram estragos nas cidades. São situações que chamam a atenção do mundo para que todos se preocupem com a questão climática”, destacou o governador,

Para o secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Marcello Lelis, o compromisso soma a todos os esforços que o Tocantins tem empenhado para se consolidar como protagonista das políticas de mudanças climáticas.

Aquecimento global e emissões zero

A Coalizão Under2 congrega 277 Estados subnacionais em todo o mundo e o Tocantins é membro desde 2015.

A superintendente de Gestão de Políticas Públicas Ambientais da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Marli Santos, explicou que a Coalizão busca evitar que a temperatura do planeta ultrapasse mais do que 2º C em média.

O compromisso de emissões líquidas zero é um esforço coletivo para evitar os danos causados pela variação extrema da temperatura.

”Se tivermos uma temperatura acima de 2º C nós entraremos numa panela de pressão. Isso significa que teremos eventos extremos como tempestades tropicais, furacões, secas prolongadas e enchentes, o que traria um prejuízo enorme para a vida humana, para a biodiversidade e para a infraestrutura do planeta”, pontuou Marli.

Esta elevação na temperatura é efeito direto do aquecimento global, e pode ser causada por atividades humanas e causas naturais, sendo provocada pelo aumento da concentração de gases de efeito estufa na atmosfera.

A queima de combustíveis fósseis para a geração de energia, a atividade industrial, o desmatamento e as queimadas ilegais são algumas das atividades provocadas pelo homem que contribuem para o aumento das emissões.

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