A Polícia Federal concluiu as investigações que resultaram no indiciamento do ex-secretário Edmilson Vieira das Virgens, juntamente com Marco Antônio Silva Santos e Ernando Laguna da Fontoura, por lavagem de dinheiro e associação criminosa.

O ex-secretário foi preso em agosto após a descoberta de R$ 3,6 milhões em um apartamento.

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Os indícios apontam para um esquema de corrupção relacionado a contratos da Prefeitura de Palmas para transporte escolar e compra de kits pedagógicos.

Edmilson Vieira das Virgens, liberado após pagar fiança de R$ 100 mil, foi exonerado junto com a secretária de educação durante a operação.

A Polícia Federal revelou que o valor da fiança foi pago a partir de transferências da conta-corrente dele, levantando suspeitas sobre a origem ilícita do montante.

O relatório da investigação destaca que os R$ 3,6 milhões e quatro quilos de ouro encontrados no apartamento não têm origem lícita, sendo fortemente indicativos de corrupção por agentes públicos na administração municipal.

Momentos antes da detenção do secretário, as autoridades da PF descobriram uma residência que funcionava como esconderijo, abrigando diversas bolsas e caixas repletas de dinheiro e joias- Foto: Divulgação/ PF TO

Além disso, constatou-se a ocultação de patrimônio relacionada à locação do apartamento, que estava no nome de Marco Antônio, mas supostamente pago pelo ex-secretário.

A polícia também revelou que Edmilson utilizava as contas do primo Marco Antônio e de Ernando Laguna para realizar transferências bancárias, sendo este último apontado como o operador do suposto esquema.

Digitais de Ernando foram encontradas nos pacotes de dinheiro apreendidos, reforçando a sua ligação com as atividades ilícitas.

Outros indícios de lavagem de dinheiro estão associados à compra de um terreno de mil metros quadrados na região sul de Palmas.

Edmilson teria usado seu primo como laranja para adquirir o imóvel por R$ 500 mil, apenas três dias antes de assinar um decreto que aprovou a construção de um loteamento na mesma região.

A Prefeitura de Palmas foi procurada para comentar o caso, mas até o momento não houve retorno.

A investigação revela pelo menos quatro atos distintos de lavagem de dinheiro, consolidando os indiciados como parte fundamental de um esquema corrupto na administração pública municipal.

Trecho do relatório divulgado pela PF- Foto: Reprodução/PF TO

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