O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), ampliou em mais 60 dias o prazo para a Polícia Federal (PF) concluir investigação sobre alegadas ofensas dirigidas ao ministro do STF Alexandre de Moraes e sua família, ocorridas no Aeroporto Internacional de Fiumicino, em Roma.

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Toffoli também determinou a retirada do sigilo do processo, porém manteve a confidencialidade das imagens relacionadas às supostas agressões, fornecidas pelas autoridades italianas. O ministro justifica sua decisão no fato das filmagens exporem pessoas que não estão envolvidas no caso.

“Não há razão para expor envolvidos e terceiros, que aparecem nas cenas captadas, devendo-se preservar, na espécie, seus direitos à imagem e à privacidade. Neste momento e pelas razões deduzidas, tais imagens interessam unicamente às investigações, que devem prosseguir perante esta relatoria”, disse Toffoli.

Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, as mídias com imagens das câmeras do aeroporto que registraram o fato, chegaram da Itália no início de setembro.

O QUE ACONTECEU

O ministro Alexandre de Moraes alega ter sido alvo de hostilidades por parte de brasileiros que o reconheceram no Aeroporto de Fiumicino, em Roma, no dia 14 de junho, durante seu retorno ao Brasil. De acordo com o ministro, o grupo de brasileiros proferiu insultos e agrediu fisicamente seu filho, que teria sido alvo de um tapa no rosto.

Os autores dos supostos ataques teriam sido Roberto Mantovani Filho e sua esposa, Andrea Mantovani, e o genro deles Alex Zanatta. Após serem identificados pela Polícia Federal, agentes cumpriram mandados de busca e apreensão nas residências dos suspeitos, que negam a agressão a Moraes.

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