O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública no governo de Jair Bolsonaro (PL), Anderson Torres, solicitou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que os depoimentos colhidos no âmbito do procedimento administrativo disciplinar (PAD), a que responde na Polícia Federal (PF), sejam anexados ao inquérito no qual é investigado pela Corte.

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O PAD pode culminar com cortes de salário e até mesmo a expulsão de Torres, que é delegado, dos quadros da PF, com base na Lei nº 4.878, que dispõe sobre o regime jurídico dos policiais federais. Nela, o artigo 43 prevê como transgressão “praticar ato que importe em escândalo ou que concorra para comprometer a função policial”.

A avaliação de Anderson Torres é que, até o momento, os treze depoimentos colhidos corroboram sua versão de que não foi omisso nos atos de 8 de Janeiro, quando comandava a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.

Dessa forma, ele acredita que o compartilhamento do material ajudará a provar sua inocência no STF.

Em agosto deste ano, o plenário do STF anulou ofício da PF, de 2021, que estabelecia que todos os processos internos do órgão fossem cadastrados com nível de acesso restrito ou sigiloso, impedindo o acesso público.

Chefe da PF

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues depôs, na condição de testemunha, no procedimento administrativo disciplinar (PAD) a que responde Anderson Torres.

Em seu depoimento, Rodrigues foi questionado se teria avisado Torres sobre o risco de depredações em Brasília. E informou que a comunicação foi feita ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, que, por sua vez, repassou a comunicação ao Governo do Distrito Federal.

No PAD de Anderson Torres, também depuseram, entre outros, o ex-secretário de Segurança Pública do GDF Júlio Danilo (também delegado da PF) a ex-chefe de Inteligência do DF Marília Alencar.

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