Na próxima terça-feira, 1º, a Toyota Motor deve interromper as operações de todas as suas fábricas no Japão por suspeita de ataque cibernético em um grande fornecedor, segundo o jornal japonês Nikkei.

O ataque teria interrompido um sistema de gerenciamento de fornecimento de peças.

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O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, disse que o governo vai investigar se a Rússia está envolvida no incidente, informou a agência de notícias Reuters.

“É difícil dizer se isso tem algo a ver com a Rússia antes de fazer uma investigaçã completa”, disse ele a repórteres.

O ataque ocorre logo depois de o primeiro-ministro japonês ter anunciado, no domingo, 27, que o Japão se juntaria aos Estados Unidos e outros países para impedir o acesso de alguns bancos russos ao sistema de pagamento internacional Swift, além da ajuda financeira à Ucrânia.

O primeiro-ministro anunciou ainda US$ 100 milhões em ajuda de emergência à Ucrânia e disse que serão tomadas medidas para permitir que os ucranianos que estiverem no Japão possam permanecer no país.

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O fornecedor que teria sofrido o ataque é a Kojima Industries, que fabrica peças de plástico e componentes eletrônicos.

“É verdade que fomos atingidos por algum tipo de ataque cibernético. Ainda estamos confirmando os danos e estamos nos apressando para responder, com a principal prioridade de retomar o sistema de produção da Toyota o mais rápido possível”, disse ao Nikkei um funcionário próximo à Kojima.

A montadora ainda está analisando se vai retomar as operações na quarta-feira, 2. O fechamento de todas as fábricas japonesas deve afetar a produção de cerca de 10 mil veículos, o que representa cerca de 5% da operação mensal da Toyota no Japão.

Segundo o jornal japonês, a Toyota não quis comentar o assunto. Já a Reuters disse que um porta-voz da companhia descreveu o incidente como uma “falha no sistema do fornecedor”.

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