O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou nesta quarta-feira (22) que a “tragédia do estado do Rio Grande do Sul foi uma falta de gestão do governo”.

O parlamentar moveu uma moção de repúdio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional por não aceitar a ajuda do Uruguai na totalidade.

Doze deputados federais se posicionaram a favor da moção contra Lula.

O que o governo do Uruguai enviaria para Brasil:

  • Duas lanchas motorizadas;
  • Dois drones para encontrar pessoas isoladas; e
  • Um avião modelo Lockeed KC -130 H Hercules que poderia ser usado para transportar as doações.

Segundo nota do governo federal, o Brasil não recusou a ajuda, “um helicóptero emprestado pelo país vizinho e amigo está em operação no estado, aparelho de grande valia para o auxílio dos socorristas.”

“Juntamente com o helicóptero, o Uruguai também ofereceu um modelo específico de avião. Neste caso, a avaliação técnica foi a de que o aparelho, em razão de suas características, não seria adequado para o tipo de operação exigida e a infraestrutura aeroportuária disponível. Considerando ainda que já há no Rio Grande do Sul avião em operação da frota brasieira com a mesma funcionalidade do ofertado, a conclusão foi a de que não havia necessidade desse tipo de aeronave,” afirmou o governo.

Leia a nota completa aqui.

“Agora não faz sentido é quando você tem aeronaves posta a disposição do governo brasileiro e o governo brasileiro não as utiliza, porque demanda tem para trazer donativos,” disse Eduardo Bolsonaro.

Em seu discurso, o deputado destacou a fala do comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), Brigadeiro Damasceno e pontuou o uso de outros aeroportos próximos ao estado para o envio de donativos.

“Brigadeiro Damasceno argumentou que não seria produtivo deslocar aviões da FAB ao exterior, por exemplo, ele estava discutindo Portugal que foram feitas doações, ele falava que era mais interessante que esses aviões da FAB ficassem no Brasil porque uma viagem a Portugal e o retorno ao Brasil nesse período de tempo ele faria 2, 3, 4, 5 vezes mais viagens dentro do país remanejando donativos”, pontuou.

Pistas de pouso

Segundo o levantamento da Defesa Civil do Rio Grande do Sul desta quarta-feira (22), 18 aeronaves estão sendo usadas no salvamento das vítimas. Até a última quarta-feira (15), 45 aeronaves estavam atuando nos resgates.

Veja os aeroportos que estão em funcionamento no estado:

  • Capão da Canoa;
  • Carazinho;
  • Erechim;
  • Passo Fundo;
  • Rio Grande;
  • Santo Ângelo;
  • Torres;
  • Canela;
  • Bagé;
  • Pelotas;
  • Uruguaiana;
  • Caxias do Sul;
  • Santa Cruz do Sul; e
  • Santa Maria.

“Esses aviões podem perfeitamente pousar em Santa Catarina, em São Paulo que é a maneira pela qual vários mantimentos estão chegando ao estado do Rio Grande do Sul, (…) me parece um argumento muito fraco e uma falta de gestão, isso daí acho que vai ficar uma fotografia desta tragédia no Rio Grande do Sul foi a falta de gestão principalmente do governo federal.”