O número de mortes decorrentes das chuvas que castigam o Rio Grande do Sul desde o final de abril subiu para 151. Este número pode aumentar nos próximos dias, já que 104 pessoas permanecem desaparecidas. Os dados foram divulgados pela Defesa Civil na nesta quinta-feira (16).
Dos 497 municípios do estado, 460 foram atingidos pelas fortes chuvas, deixando um saldo de 77 mil pessoas desabrigadas e mais de 530 mil desalojadas. De acordo com o governo do RS, 76.620 pessoas foram resgatadas. O número de pessoas afetadas pelas enchentes chega a 2.281.774.
Ainda segundo o boletim, até o final da manhã desta quinta, 233 mil endereços gaúchos estavam sem fornecimento de energia elétrica e cerca de 130 mil estão sem abastecimento de água.
As aulas foram suspensas em 2.338 escolas da rede estadual, impactando mais de 378 mil alunos. 88 estabelecimentos de ensino estão servindo de abrigo.
Lagoa dos Patos
O nível da água na Lagoa dos Patos era de 2,80 na manhã desta quinta-feira (16), a mesma marca registrada nas cheias ocorrida oito décadas atrás. Os municípios de Pelotas, São Lourenço do Sul e Rio Grande estão em alerta.
A prefeitura de Rio Grande classificou 30 bairros como “em área de risco” pela prefeitura. Às 10h, as águas da lagoa estavam 76 centímetros acima do nível do cais. Quase todas as ruas da cidade estão alagadas. Nesta quarta, a água chegou em partes que antes não havia chegado, como a área da Biblioteca Pública, a Praça Xavier Ferreira e o Distrito Industrial.
Por outro lado, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, aventou a ideia de criar um canal de escoamento entre a Lagoa dos Patos e o Oceano Atlântico. Cientistas da UFRGS afirmam, no entanto, que a proposta causará sérios impactos ambientais, como a salinização das águas da lagoa.
