Nesta segunda-feira, 4, o Twitter antecipou que vai utilizar estratégias como ‘pre-bunks’ e ‘debunks’ para combater fake news sobre as eleições deste ano. Segundo a plataforma, a estratégia servirá para esclarecer, contrapor ou contextualizar a desinformação.
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Os ‘pre-bunks’ são um conjunto de tweets de fontes confiáveis que desmentem uma desinformação que é abordada frequentemente. As publicações vão reunir as informações verdadeiras e o conteúdo checado sobre determinado assunto, como a segurança de urnas eletrônicas, por exemplo.
Os ‘debunks’ (‘desmascarar’, em português) funcionam de forma semelhante, mas surgirão no Twitter à medida que novas desinformações surgirem durante o período eleitoral.
Tanto os pre-buks quanto debunks são elaborados e têm as informações reunidas pela equipe de curadoria do próprio Twitter. São eles os responsáveis pelo ‘Moments’ da rede social, que trata de diferentes assuntos.
O Twitter manterá como primeiro resultado de buscas sobre eleições um link com informações para o período eleitoral.
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Outras estratégias
Uma das novidades apresentada pela plataforma é que as contas de candidatos vão receber um selo que informa a qual cargo o usuário vai concorrer.
As informações serão cruzadas e disponibilizadas após a confirmação das candidaturas a presidente, governador(a), senador(a) e deputado(a) federal pelo Tribunal Superior Eleitoral.
A identificação será obrigatória e automática. O candidato não poderá abrir mão da etiqueta. O Brasil é o segundo país no mundo em que os selos serão colocados. Os Estados Unidos foram o primeiro país a usá-los.
No entanto, a plataforma não anunciou novas punições a quem disseminar fake news. O anunciado é que, de acordo com a política da empresa, conteúdos que intimidarem a participação nas eleições ou induzi-las a erros com informações falsas ou enganosas podem ser marcadas ou removidas pela empresa. A suspensão da conta segue como possibilidade em casos graves.
O Twitter foi umas das bigtechs que firmou um acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para combater notícias falsas. Juntas, as empresas têm pressionado parlamentares quanto ao projeto de lei que trata das fake news.
As plataformas alegam que o texto inicial do projeto apresentado pelo relator, deputado Orlando Silva (PCdoB-RJ), ameaçava “internet livre, democrática e aberta”.
Na última versão do chamado ‘PL das Fake News’, o deputado cedeu em alguns pontos e passou a prever que não é mais obrigatória a criação de uma autorregulação pelas plataformas para transparência e responsabilidade do uso da internet.
Além disso, em caso de descumprimento da lei, a multa passou a ser de R$ 10 até R$ 1 mil por usuário cadastrado no provedor sancionado e limitada a R$ 50 milhões por infração.
O texto ainda não foi votado.
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