O tenente-coronel Mauro Cid deve apresentar à Polícia Federal detalhes sobre reuniões e conversas que indicariam a intenção de um golpe de estado e visava manter o ex-presidente no poder, após a derrota nas eleições.

+ Envie esta notícia no seu WhatsApp

+ Envie esta notícia no seu Telegram

Cid foi ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro durante os quatro anos em que ele esteve com chefe do executivo.

De acordo com o blog da colunista Andréia Sadi, o tenente-coronel está detalhando participação no caso das joias sauditas e também sobre outros temas.

O roteiro do golpe está entre os temas relatados por Cid, que esteve presente em reuniões que trataram de golpe de estado.

Agora, ele deve falar para a Polícia Federal quem são os militares, outros ex-ministros e funcionários do governo Bolsonaro que participaram das tratativas que se deram, entre outras localidades, no Palácio da Alvorada em dezembro passado.

De acordo com fontes da colunista do G1, nomes de militares, como Augusto Heleno (ex-ministro do GSI) e Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil e da Defesa), são citados por fontes ouvidas pelo blog como alvos de Cid nos bastidores.

“Cid está apresentando o que tem sobre vários temas. O foco da PF está no roteiro do golpe. Militares do governo Bolsonaro estão cientes das conversas de Cid com a PF e estão preocupados com o que ele pode relatar de envolvimento e reuniões com Heleno, Braga Netto e novos personagens do núcleo militar”, disse ao blog uma fonte que acompanha as tratativas de Cid com o Judiciário.

RELACIONADAS

+ Mauro Cid negocia confissão sobre esquema das joias com a Polícia Federal

Mauro Cid presta novo depoimento sobre ações de hacker contra sistemas da Justiça

Esposa de Cid pode receber pensão se ele for expulso do exército

Os depoimentos de Cid, nas palavras dessa autoridade, são “amplos, diversificados e ruins para Bolsonaro”.

A fonte ouvida pelo blog não detalhou o teor dos depoimentos do ex-ajudante de ordens. E complementa dizendo que Cid fala bastante, mas não fala tudo, por isso não se sabe dizer a extensão das consequências, por ora, do que diz Cid.

Não é só o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro que está colaborando com investigadores sobre o roteiro do golpe, integrantes do núcleo da polícia rodoviária federal também têm informações sobre como se deu o roteiro do golpe que interessam aos investigadores.