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General Penteado depôs à CPI dos atos antidemocráticos da CLDF

General de Divisão Carlos José Russo Assumpção Penteado, presta depoimento na CPI da Câmara Legislativa do Distrito Federal que investiga os atos de 8 de janeiro. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

Em depoimento nesta segunda-feira (04) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, instalada na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), o general Carlos José Russo Assumpção Penteado, que era número 2 do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), declarou que não recebeu nenhum alerta de segurança emitido pela Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) e que essa “falha de comunicação” teria sido responsável pela invasão e depredação do Palácio do Planalto.

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“Todas as ações do GSI no dia 08 estão diretamente relacionadas à retenção, pelo ministro Gonçalves Dias, dos alertas produzidos pela ABIN, que não foram disponibilizados oportunamente”, disse Penteado.

Penteado ocupava o cargo no dia dos ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro deste ano. Ele era responsável pela segurança dos palácios presidenciais. O militar foi exonerado do cargo em janeiro deste ano, sendo substituído pelo também general Ricardo José Nigri.

Durante todo o depoimento, o General afirmou que houve um represamento da comunicação por parte do então ministro G. Dias. “Se a coordenação de análise de risco tivesse tido acesso ao teor dos alertas encaminhados ao ministro G. Dias pelo diretor da ABIN, Saulo Moura, teríamos impedido a invasão do Palácio do Planalto”, declarou.

Os deputados distritais questionaram Penteado sobre a ineficácia do “plano escudo” frente à invasão. Ele explicou que o plano, que serve para a defesa do Palácio Presidencial, é uma ação preventiva e que não foi dimensionado à quantidade de manifestantes, novamente, pela falta de informações repassadas.

“A partir do momento que eles rompem [as barreiras da polícia], não se fala mais em plano escudo, não há mais prevenção, tivemos que começar uma retomada do prédio”, afirmou o General.

Sobre os acampamentos de apoiadores do ex-presidente Bolsonaro instalados na frente do quartel-general do exército em Brasília, o general declarou que não era atribuição do GSI realizar o monitoramento e nem a análise sobre o risco potencial do que ocorria lá.

Calendário das oitivas para setembro e outubro: 

– 14/09: Walter Delgatti Neto;
– 21/09: Coronel Paulo José Ferreira de Souza Bezerra;
– 28/09: Ana Priscila Azevedo;
– 05/10: Major Cláudio Mendes dos Santos;
– 09/10: Major José Eduardo Natale de Paula Pereira;
– 19/10: Saulo Moura da Cunha e
– 26/10: Coronel Reginaldo Leitão.

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