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Justiça e PF discutem parcerias para enfrentamento ao tráfico

Fachada do Ministério da Justiça, em Brasília

MJ suspende visitas e banho de sol em presídios federais. Foto: Juliana D'Almeida, do Portal Norte

Foi realizada em Brasília, na última sexta-feira (1º), reunião entre a Secretaria Nacional de Política sobre Drogas, do Ministério da Justiça e Segurança Pública (Senad/MJSP) e da Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado, da Polícia Federal (Dicor/PF). O objetivo é promover e integrar informações que contribuam na identificação das organizações criminosas e no combate ao tráfico de drogas.

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Durante o encontro, a Senad compartilhou resultados de relatório sobre dinâmicas do mercado de drogas ilícitas no Brasil, que aborda o grau de pureza da cocaína em quatro estados brasileiros, além de dados preliminares de estudo sobre tráfico de drogas na Amazônia. 

Ambas as pesquisas, que serão lançadas em breve foram produzidas pelo Centro de Excelência para a Redução da Oferta de Drogas Ilícitas (CdE), projeto fruto de parceria entre a Senad, o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Na reunião também foram abordados os temas do desenvolvimento social comunitário e alternativo, em referência de como a convergência de crimes na Amazônia impacta a vida de comunidades mais vulneráveis, como as tradicionais e indígenas. 

A secretária Nacional de Política sobre Drogas, Marta Machado, ressaltou a importância de inserção de estratégias de desenvolvimento alternativo no Brasil, criando oportunidades para perspectivas sustentáveis e legais, que fomentem a economia em regiões que sofrem com os efeitos do tráfico e outros crimes como garimpo ilegal, exploração ilegal de madeira, dentre outros.

“É preciso que a repressão ande lado a lado com o desenvolvimento alternativo, tirando pessoas da cadeia do crime. Essa é uma iniciativa muito importante nos países produtores, em que o Estado subsidia a substituição de plantios e o nosso desafio é pensar o que seria o desenvolvimento alternativo no Brasil, que não é um país de cultivo, mas de trânsito de substâncias ilícitas”, defendeu Marta Machado.

Já Ricardo Saadi, Diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, destacou  a importância da transparência e da elaboração de estudos baseados em evidência, indicando o interesse de que PF e Senad ampliem a colaboração para compartilhamento de dados e produção de pesquisas. 

“As equipes podem atuar em colaboração para análise e monitoramento de indicadores importantes para direcionamento de esforços na prevenção e combate ao tráfico”, finalizou.

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