O ex-interventor federal do Rio de Janeiro, general Walter Souza Braga Netto, alvo de investigação da Polícia Federal, disse em nota à imprensa, nesta terça-feira (12), que os contratos do Gabinete de Intervenção Federal seguiram absolutamente todos os trâmites legais previstos na lei brasileira.
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O militar está sendo acusado de obter ilegalmente dispensa de licitação na compra de coletes balísticos, durante intervenção no Rio de Janeiro, em 2018.
O valor do sobrepreço da compra dos coletes foi estimado em R$ 4.640.159,40, segundo o Tribunal de Contas da União (TCU). O total pago à empresa americana CTU Security LLC pela compra, após dispensa de licitação, foi de R$ 40.169.320,80.
A verba do governo de Jair Bolsonaro, usada na intervenção do Rio de Janeiro, girou em torno de R$ 1,2 bilhão. Na época, Walter Braga Netto era ministro da Casa Civil.
Braga Netto, disse que a compra de coletes balísticos, pelo Gabinete de Intervenção Federal, foi suspensa pelo próprio gabinete, “após avaliação de supostas irregularidades nos documentos” e “não houve, portanto, qualquer repasse de recursos à empresa ou irregularidade por parte da Administração Pública”.
Confira a nota oficial divulgada na rede social pessoal de Braga Netto:
Operação Perfídia
A Polícia Federal (PF) iniciou, nesta terça-feira (12), a Operação Perfídia, contra supostas fraudes na verba da intervenção federal no Rio de Janeiro.
Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e no Distrito Federal.
O general Walter Souza Braga Netto é investigado e teve o sigilo telefônico quebrado pela Justiça, mas não é alvo de mandados.
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