A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro ouve, nesta terça-feira (12), a Cabo Marcela da Silva Morais Pinno, no lugar da ex-subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal Marília Ferreira Alencar.
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Marcela da Silva Morais Pinno fazia parte da tropa da Polícia Militar do DF que atuou no policiamento ostensivo e no Batalhão de Choque, no dia da invasão. Ela foi agredida pelos vândalos e atirada da cúpula da Câmara dos Deputados, de uma altura aproximada de três metros.
Pinno declarou que foi atacada e espancada, “batiam em mim com uma barra de ferro. Meu capacete ficou amassado. O que me manteve ali e me fez resistir, apesar de toda a agressividade, foi saber que posso contar com meus colegas de trabalho. Foi o subtenente quem me salvou e me tirou daquela selvageria.”
Por esse motivo, segundo justificativa do deputado Rogério Correia (PT-MG), “torna-se importante o testemunho a ser prestado pela Cabo Marcela da Silva Morais Pinno, para que possa esclarecer os fatos que ocorreram naquela ocasião”.
O deputado Duarte Jr. (PSB/MA) disse, ainda, que Marcela “a gravidade dos ferimentos demonstrou que os golpistas tentaram de fato tirar sua vida e somente a ajuda dos colegas de corporação foi capaz de impedir uma tragédia ainda pior”.
A Subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, Marília Ferreira Alencar, que fazia parte da cúpula de segurança pública do DF, não irá depor, por estar respaldada por um habeas-corpus concedido pelo ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Como responsável pela área da Segurança Pública do DF, Marília, tinha acesso aos relatórios de inteligência do Sistema Brasileiro de Inteligência (SISBIN), dispondo de dados diários que acompanham a evolução dos acontecimentos que possibilitam assessorar o governo do DF.
Segundo o líder do Partido, senador Eduardo Girão (Novo-CE), a ex-subsecretária tinha, entre suas atribuições, a coleta de dados de inteligência que permitiam projetar um cenário futuro que subsidiaria as ações de segurança pública.
“Há que se investigar o papel que a Subsecretaria de Inteligência do DF desempenhou antes, durante e depois dos eventos, particularmente nas prisões efetuadas, devendo prestar informações referentes a todos os informes sobre a movimentação dos manifestantes.e seu depoimento é importante para prestar esclarecimentos sobre as informações de inteligência obtidas e repassadas para os órgãos competentes”, justificou Girão.
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