O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve indicar ainda nesta semana o sucessor de Augusto Aras no cargo de procurador-geral da República. Lula deve se reunir com os nomes mais cotados, para serem indicados por ele, nesta quarta-feira (13).

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O período de Aras à frente do Ministério Público Federal termina no dia 26 de setembro. O subprocurador a ser escolhido por Lula ficará na função por dois anos, podendo ser reconduzido ao cargo.

Lula busca alguém que proponha uma revisão dos métodos do Ministério Público, evitando a reaglutinação do mesmo sistema que marcou a era da Operação Lava-Jato.

Hoje, os dois mais cotados para a PGR são os subprocuradores Paulo Gonet e Antonio Carlos Bigonha. O primeiro tem apoio de ministros influentes do Supremo Tribunal Federal (STF), como Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes. O segundo é o nome preferido dos petistas próximos ao presidente e fazem parte do núcleo jurídico da Presidência.

Por fora, corre ainda o subprocurador Mário Bonságlia. Ele é o único que figura na lista tríplice elaborada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). O presidente, porém, não se comprometeu em seguir a lista.

O indicado pelo presidente ainda terá que ser sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e ser aprovado pelo plenário principal da Casa antes de assumir a função.

Cabe ao procurador-geral pedir a abertura de inquéritos para investigar presidente da República, ministros, deputados e senadores. Ele também tem a prerrogativa de apresentar denúncias contra os detentores de foro privilegiado.

Além disso, compete ao procurador-geral da República chefiar o Ministério Público da União por dois anos. O MPU abrange os ministérios públicos Federal, do Trabalho, Militar, do Distrito Federal e Territórios.

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