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Em live, Bolsonaristas foragidos da justiça pedem doações em rede social

Esdras Jonatas dos Santos e José Renato Gasparim Junior em live - Foto: Reprodução/Instagram @esdrasdosantos @renatogasparin.oficial

Esdras Jonatas dos Santos e José Renato Gasparim Junior em live - Foto: Reprodução/Instagram @esdrasdosantos @renatogasparin.oficial

Logo após a condenação do primeiro réu envolvido nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro pelo Supremo Tribunal Federal (STF), na última quinta-feira (14), bolsonaristas foragidos da Justiça realizaram uma transmissão ao vivo no Instagram, na qual pediram doações por meio do sistema Pix e o apoio dos internautas para auxiliar na fuga de outros procurados por financiamento dos atos considerados terroristas.

A live contou com a participação de Esdras Jonatas dos Santos, José Renato Gasparim Junior e Oswaldo Eustáquio Filho.

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A transmissão ao vivo começou no perfil de Esdras Jonatas dos Santos, um dos envolvidos nos atos de janeiro, conhecido por sua participação em um acampamento desmontado pela Guarda Civil de Belo Horizonte.

Esdras tem um mandado de prisão aberto, desde fevereiro de 2023. “Estou com uma criança aqui, Renato. Estamos passando por lutas. Estamos vivendo de dólar. Aqui não tem documento para trabalho. Quando eu arrumo trabalho de faxina, me mandam embora, porque sabem que estou sendo procurado pela autoridade brasileira”, anunciou Esdras.

Para acompanhá-lo na live, Esdras convidou o político José Renato Gasparim Junior, que também está foragido desde o fim de janeiro, quando teve prisão decretada, e o blogueiro e jornalista Oswaldo Eustáquio Filho.

Este último teve prisão preventiva expedida pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.

Durante a conversa, os participantes fizeram apelos por apoio financeiro através do Pix e pediram que os internautas intercedessem em favor da fuga de outros procurados que tentaram entrar no Paraguai, como Rieny Munhoz Marçula Teixeira, que foi posteriormente presa pela Polícia Federal.

“Se ela [Rieny] chegar e for deportada, acabou, meus amigos. Não têm Pix que resolva. […] O que eu vou pedir para vocês agora… Renato Gasparim, você é um dos maiores articuladores que eu conheço. Presta atenção, cacete, porque você pode ajudar muito. Alguém escreve aí o arroba do Santiago Peña, presidente do Paraguai. Depois, todo mundo que está nessa live, mil pessoas, vá no perfil do Santiago e escreva: ‘Não deixe entregar os brasileiros. Isso foi uma armação’”, pediu Oswaldo

José Renato Gasparim Junior e Esdras Jonatas dos Santos mostraram insatisfação com a falta de apoio de deputados e senadores de direita no Brasil e criticaram políticos que, segundo eles, ignoraram suas mensagens.

Procurado, Oswaldo Eustáquio declarou que “o artigo 5º da Constituição brasileira” garante a ele “o direito de liberdade de expressão”.

“Sou um refugiado político, com garantias legais no Paraguai, o que me faz um cidadão com direito de ir e vir, estudar, tirar carteira de habilitação, ter conta em banco; portanto, posso falar onde eu quiser. Tenho sido alvo constante de censura prévia pela Suprema Corte, de forma ilegal e rasgando a nossa Carta Magna. Nem nos tempos do regime militar, nem no temido AI-5. Não se impõe censura tão terrível e sombria a um jornalista profissional diplomado como fazem comigo”, afirmou.

“E, mesmo censurado, com redes suspensas, se eu subir em qualquer live pela conta de algum amigo ou por alguma conta de apoio, certamente tenho mais audiência do que qualquer meio de comunicação digital do Brasil, porque o conteúdo se tornou maior do que o meio e tentar calar a minha voz faz apenas as pessoas procurarem cada vez mais meu jornalismo”, finalizou Oswaldo Eustáquio.

As defesas de Esdras Jonatas dos Santos e de José Renato Gasparim Junior não se manifestaram. 

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