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Em discurso, Lula critica inclusão de Cuba na lista de nações patrocinadoras do terrorismo

Lula durante o debate Geral da Cúpula do G77 + China. Foto: Ricardo Stuckert/PR

Presidente Lula, durante o debate Geral da Cúpula do G77 + China - Foto: Ricardo Stuckert/PR

O Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, discursou, neste sábado (16), na Cúpula de Chefes de Estado e Governo do G77 + China, em Cuba. Lula, que foi o primeiro líder a discursar no encontro, passará cerca de 24 horas na capital cubana.

No domingo, o Presidente embarca para Nova York (EUA), onde faz o tradicional discurso de abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) na próxima terça-feira (19).

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Em sua fala, o chefe de Estado afirmou que o embargo econômico americano contra Cuba é “ilegal” e condenou a inclusão da ilha caribenha na lista dos Estados Unidos de nações patrocinadoras do terrorismo.


“Cuba tem sido defensora de uma governança global mais justa. E até hoje é vítima de um embargo econômico ilegal. O Brasil é contra qualquer medida coercitiva de caráter unilateral. Rechaçamos a inclusão de Cuba na lista de Estados patrocinadores do terrorismo”, criticou Lula.

O governo Lula afirma que as sanções são uma forma de sufocamento do regime cubano. Em fevereiro, antes de uma reunião com o presidente dos EUA, Joe Biden, Lula disse que o bloqueio não faz sentido e prometeu abordar o tema com o americano.

“É de especial significado que, neste momento de grandes transformações geopolíticas, esta cúpula seja realizada aqui, em Havana. Cuba tem sido defensora de uma governança global mais justa e, até hoje, é vítima de um embargo econômico ilegal. O Brasil é contra qualquer medida coercitiva de caráter unilateral. Rechaçamos a inclusão de Cuba na lista de Estados patrocinadores do terrorismo”, disse Lula.

AMAZÔNIA

O presidente Lula destacou sobre a importância da transição energética para um futuro mais sustentável e lembrou da Cúpula da Amazônia, evento realizado em Belém, no Pará, com o objetivo de estabelecer uma agenda comum de cooperação regional em favor do desenvolvimento sustentável da região Amazônica.


“A emergência climática nos impõe novos imperativos, mas a transição [energética] justa nos traz oportunidades, com ela, podemos ter um ar mais limpo, rios sem contaminação, cidades mais acolhedoras, comida de qualidade na mesa, empregos dignos e crianças mais saudáveis. Vamos promover a industrialização sustentável, investindo em energias renováveis, na socio-bio-economia e na agricultura de baixo carbono. Faremos isso sem esquecer que não temos a mesma dívida histórica dos países ricos pelo aquecimento global”, declarou Lula.

Com o tema “Os desafios atuais do desenvolvimento: o papel da Ciência, da Tecnologia e da Inovação”, o principal objetivo do encontro é promover a coordenação dos países em diversas agendas de interesse comum – econômico-comercial, climática, ciência e tecnologia, entre outras – de forma a obter mais influência no cenário internacional.

Durante o encontro, está prevista ainda a adoção de uma declaração final, negociada nos últimos meses, que visa aprimorar a cooperação Sul-Sul.

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