Durante visita ao Santuário Nacional de Aparecida, interior de São Paulo, o ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino comentou sobre a delação do ex- ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo Dino, “crimes graves ocorreram”.
Na delação Cid informou à Polícia Federal que o ex-presidente conversou com comandantes das Forças Armadas sobre a possibilidade de um golpe de estado.
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O comentário do ministro sobre a fala de Cid ocorreu nesta sexta-feira (22), para ele esse material é “um documento comprobatório muito forte” e um meio de produção de provas importante.
“A PF de modo independente está fazendo a sua parte, depois a Justiça julga. Mas infelizmente a essa altura já é possível vislumbrar que infelizmente muitos crimes graves ocorreram, inclusive essa preparação de um crime que seria um golpe de Estado. Então realmente é algo impactante”, ressaltou.
De acordo com a apuração do G1, Mauro Cid informou à PF que, em 2022, Bolsonaro esteve reunido com comandantes das Forças Armadas e alguns ministros para debater detalhes da minuta que tornaria a intervenção militar real.
O ex-ajudante de ordens estava na reunião e afirmou que “então comandante da Marinha, o almirante Almir Garnier Santos, teria dito a Bolsonaro que sua tropa estaria pronta para aderir a um chamamento do então presidente”. Já o comando do Exército afirmou que não faria parte do plano.
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