A declaração foi dada durante visita à sede da Rádio Norte FM (101,7), nesta terça-feira (26) do Grupo Norte de Comunicação, em Brasília (DF). Na ocasião, o governador chegou acompanhado pelo vice-governador do Estado, Laurez Moreira (PDT), e pela comitiva do governo de Tocantins. Ele foi recebido pelo diretor-executivo da TV Norte Tocantins, Eudson Almendra.

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O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), afirmou que a gestão dele à frente do Estado cumpre o desafio de desenvolver o agronegócio e implementar políticas públicas para a preservação ambiental, como no pioneirismo dos investimentos em crédito de carbono. 

“O Tocantins cresce de maneira satisfatória porque nós somos o maior produtor de grãos do Brasil e isso nos alegra. O nosso maior desafio é conciliar sustentabilidade com produção  e isso vai se afirmar com a diminuição dos focos de incêndio, com o combate dos desmatamentos ilegais e produzindo mais nos lugares que já estão abertos”, disse o governador. 

Tocantins se tornou o primeiro estado brasileiro a negociar seus créditos de carbono no mercado internacional ao passo que se destaca no agronegócio. O processo envolve um projeto de qualificação e certificação do Programa de REDD+ (Redução de Emissões provenientes de Desmatamento e Degradação) e foi assinado com a Mercuria Energy Trading, da Suíça. 

As etapas iniciais podem somar investimentos de até R$ 40 milhões. Esse valor inclui R$ 20 milhões sinalizados pela Mercuria em serviços técnicos para o cumprimento dos requisitos de qualificação em um padrão internacional e geração de créditos de carbono, e entre R$ 10 milhões e R$ 20 milhões adicionais no registro desses créditos.

Isso acontece ao mesmo tempo em que o valor de produção teve como destaque os grãos, principalmente a soja que, sozinha, representou 69,2% da quantia de todo o estado, tendo tido o montante de R$ 10,5 bilhões. 

Só essa cultura obteve o quádruplo do valor do segundo colocado, o milho, que registrou R$ 2,3 bilhões. Na sequência, o arroz (em casca) contribuiu ao somatório de R$ 875 milhões. Mandioca (R$ 390 milhões), cana-de-açúcar (341 milhões) e abacaxi (R$ 199 milhões) vieram seguidas.

Segundo o governador, esses números se devem aos investimentos e avanço tecnológico no setor de agronegócio. 

“Com o avanço da tecnologia, já chegamos a produzir 40 sacas por hectare e nós temos a possibilidade de produzir até 120 sacas. Esse crescimento se dá em áreas abertas. O que nós precisamos fazer é manter essa produtividade em áreas abertas em prol da preservação ambiental”, disse. 

Boa gestão

De acordo com o Instituto Veritá, Wanderlei Barbosa teve a gestão aprovada por 87% dos tocantinenses consultados na pesquisa. O desempenho leva em consideração a soma dos eleitores que consideram a administração do republicano “ótima” e “boa”.  

Atrás do tocantinense aparecem os gestores de Rondônia [81,5%], Marcos Rocha (UB); de Mato Grosso [81,1%], Mauro Mendes (UB); e de Goiás [81%], Ronaldo Caiado (UB). Ao ser questionado sobre a boa avaliação, o governador afirmou que isso se dá por investimentos na Saúde e Infraestrutura. 

“Em menos de dois anos de governo estamos fazendo novos hospitais, aparelhando-os, implantando leitos de UTI nos hospitais do interior. Além de Araguaína e Gurupi, estamos levando para Porto Nacional, Miracema que está em fase de conclusão”, afirmou.

“Além de investimentos nas estradas e escolas e, acima de tudo, investindo no ser humano. Diminuímos os indicadores de desemprego no estado e criamos mais oportunidades para os jovens. É um conjunto de medidas que têm mostrado que o nosso governo é diferente”, disse. 

Aníversário do Estado

Em comemoração aos 35 anos da fundação de Tocantins, entre os dias 25 de setembro e 2 de outubro será realizada no Salão Negro no Congresso Nacional a exposição Tocantins 35 anos, ilustrando a trajetória de criação do estado. Sobre as perspectivas para os próximos anos, o governador afirmou que o foco dos investimentos também será sobre o turismo.

“Temos regiões como o Jalapão que, turisticamente, são conhecidas pelo mundo inteiro. Mas que ainda não tem ligação asfáltica ou aeroporto. Estamos trabalhando para que o Jalapão tenha aeroporto e tenha asfalto o mais rápido possível. Cuidar para que ele não seja uma área propícia somente para o agronegócio, mas também para o turismo e para as comunidades tradicionais”, declarou.

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