O avião da Força Aérea Brasileira (FAB), pousou na manhã desta terça-feira (17), em Roma, na Itália. Esse é o sétimo voo de repatriação de brasileiros vindos de Israel na Operação Voltando em Paz.
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Ao todo, o Governo Federal já resgatou 916 brasileiros e 24 animais de estimação, que já estão em segurança no Brasil.
Em Roma, o avião pousou com 40 purificadores de água e dois kits de medicamentos para atender, em um mês, até 3 mil pessoas que estão na zona de perigo.
Os itens da ajuda humanitária não serão enviados a Israel, eles devem ser enviados ao Egito, por outra aeronave brasileira, o VC-2, um Embraer 190 usado pela Presidência da República.
O avião já está aguardando na capital italiana desde a última sexta-feira (13), para fazer o resgate de um grupo de 28 brasileiros retidos na Palestina aguardando a liberação da fronteira no sul da Faixa de Gaza com o Egito, a passagem de Rafah.
Ajuda médica
Além disso, a aeronave leva uma equipe de atendimento que dará apoio aos passageiros na volta ao Brasil.
São duas psicólogas, um médico, uma enfermeira e uma técnica de enfermagem da Força Aérea Brasileira, que ficam à disposição dos repatriados no voo de retorno, para prestar um primeiro atendimento, especialmente na questão psicológica.
De acordo com a major Carla, que comanda a equipe, a missão é uma grande responsabilidade para os profissionais.
“A gente está bastante grato de poder ir e ajudar nosso povo que quer retornar. Sabemos que a situação lá é delicada, mas a gente quer fazer o nosso melhor”, afirmou.
A militar explicou ainda que a equipe não teme atuar em um país que está em conflito.
“Estamos um pouco ansiosos para chegar logo, fazer o nosso trabalho e voltar tendo cumprido a missão com louvor. Entendemos a importância da missão”.
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Apoio psicológico
O atendimento psicológico aos repatriados será feito pelas tenentes Jahyne e Camargo, ambas do Instituto de Psicologia da Aeronáutica.
Segundo elas, o suporte logo no início pode ajudar a identificar e atenuar outros problemas mais graves causados pelo trauma de vivenciar uma situação de guerra, como o transtorno de estresse pós-traumático e o transtorno de ansiedade, entre outros.
“Toda a situação de guerra pode gerar impacto na saúde emocional. É uma situação de crise que pode vir a gerar adoecimentos. Nosso trabalho é oferecer suporte para que a repatriação possa minimizar efeitos disso. É possível que os efeitos sejam sentidos apenas no futuro, por isso é importante esse acompanhamento imediato, inclusive na volta para o Brasil, até para verificar se há necessidade de um acompanhamento posterior”, contou a tenente Jahyne.
A tenente Camargo explicou também que o trabalho delas com os brasileiros que estão retornando ao país tem um caráter emergencial.
“A ideia é fazer esse primeiro acolhimento para eles entenderem comportamentos que podem ser causados pelo estresse. Nós daremos um primeiro socorro e orientação. Trouxemos também alguns recursos mais lúdicos para as crianças poderem se sentir seguras na aeronave: lápis, massinhas para que se sintam acolhidas e entendam que esse momento é passageiro”, resumiu.