A Justiça de Minas Gerais determinou a ampliação do bloqueio de R$ 900 milhões em bens dos sócios da empresa 123 milhas. Inicialmente, havia sido determinando o bloqueio de R$ 50 milhões.

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A Justiça determinou também, na última segunda-feira (16), o estorno de passagens aéreas e pacotes de viagem, que foram comprados pelo cartão de crédito, para uma conta judicial. Outra decisão já havia determinado que os valores de “chargebacks” pedidos pelos clientes voltassem para a empresa.

CPI das Pirâmides Financeiras

A empresa 123 milhas foi alvo de investigações da CPI das Pirâmides Financeiras, que concluiu os trabalhos na primeira semana de outubro e sugeriu o indiciamento da empresa. Segundo o relatório aprovado, há “fortes indícios” de participação em esquemas de pirâmide financeira, estelionato, lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta, entre outros.

“Os sócios das 123milhas, já cientes da derrocada da empresa, executaram estratégias para desviar ativos dela para si e para seus parentes”, destaca um trecho do relatório.

Em 18 de agosto deste ano, a 123Milhas anunciou a suspensão temporária da emissão de passagens de uma linha promocional com embarque previsto de setembro a dezembro de 2023.

Logo em seguida, a agência de viagens entrou com pedido de recuperação judicial. Sócios da empresa foram convocados pelo presidente da CPI, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), para depor na CPI das Pirâmides Financeiras . Segundo ele, existe a preocupação de que o caso esteja configurado como um esquema de pirâmide financeira.

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