O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira (20), em São Paulo, durante entrevista coletiva que “a atividade econômica do 3º trimestre preocupa”.

Segundo ele, o ministério sinaliza “desde o começo do ano” queda no ritmo do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no período. “Venho falando deste o 1º trimestre. Eu já dizia naquela época: nós estamos com a desaceleração forte”, declarou.

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De acordo com Haddad, é necessário traçar “a melhor trajetória possível” para haver equilíbrio entre a atividade e a inflação.

“Estamos preocupados com o nível de atividade, sobretudo no terceiro trimestre, sabendo que a inflação está convergindo para a meta. Fico confortável por saber que a inflação será menor, mas temos de fazer a melhor trajetória possível para compor o balanço mais adequado para a economia brasileira”, afirmou o ministro.

A fala foi feita sobre resolução da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), para pensar o Plano de Transformação Ecológica. Haddad ressaltou a necessidade de traçar “a melhor trajetória possível” para haver equilíbrio entre a atividade e a inflação.

O ministro da Fazenda disse, ainda, que diretores do Banco Central que defendem cortes de 0,50 ponto percentual na taxa Selic estão corretos, dado o nível de aperto da política monetária.

Índice de Atividade Econômica

Nesta sexta-feira, o Banco Central divulgou o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno (PIB) do país. Houve um recuo de 0,77% da atividade econômica em agosto na comparação com julho, após ter um  crescimento de 0,44% no mês anterior.

Com a variação, o indicador interrompe dois meses de crescimento. A queda veio acima da mediana da projeção de analistas, que esperavam retração mais acentuada.

O resultado de agosto foi influenciado por quedas em quase todos os setores da atividade econômica, sendo a indústria a única exceção. A principal contribuição negativa veio dos transportes e dos serviços prestados às famílias, que devolveram boa parte dos ganhos acumulados nos últimos meses.

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