O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou antes da reunião, no Cairo, que chegou o momento de colocar um fim em todo “esse derramamento de sangue”, se referindo ao conflito no Oriente Médio.

Vieira vai representar o Brasil, neste sábado (21), na cúpula convocada pelo Egito para discutir a crise humanitária provocada pela guerra entre Israel e Hamas.

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O ministro destacou ainda que a diplomacia brasileira levará ao encontro a mensagem de que é necessário mudar o quadro atual de guerra que afeta todo o mundo. 

“Não é possível mais que continue com uma carência absoluta de todos os víveres, de todos os bens de primeira necessidade, até de água. Precisamos discutir essa questão antes que a situação se transforme num problema humanitário de maior volume ainda. A expectativa é que se crie uma consciência de que é chegado o momento de pôr um ponto final a esse derramamento de sangue e a essa guerra que, no fundo, afeta todo mundo”.

Também participam da cúpula representantes de Jordânia, Catar e Turquia, de outros países do Oriente Médio e da Europa.

De acordo com o ministro, a expectativa para o encontro é grande, já que é a primeira discussão sobre um processo de paz depois da tentativa de aprovação de uma resolução no Conselho de Segurança da ONU.

“Eu venho ao Cairo por instrução do presidente Lula para representá-lo nesta importante conferência que está sendo promovida pelo governo egípcio para se discutir a questão da guerra no Oriente Médio e, sobretudo, para trazer a mesma mensagem que nós apresentamos no Conselho de Segurança das Nações Unidas, em Nova York”, destacou Mauro Vieira.

O Brasil que preside o conselho no mês de outubro, pediu para cessar-fogo na região, a abertura de corredores humanitários e a possibilidade de ampliação da ajuda humanitária no território palestino. 

O texto teve ampla aprovação, com 12 votos favoráveis, mas houve veto dos Estados Unidos.

Segundo o ministro, serão debatidos, também, os atos do Hamas contra Israel, e ainda a questão da reação israelense a esses atos de violência.

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