A Agência Brasileira de Inteligência (Abin), pretende nomear apenas os funcionários de carreira para ocupar os cargos nas diretorias.
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A Abin tem enfrentado uma crise e está sendo investigada pela Polícia Federal (PF), após a agência usar o aplicativo israelense FirstMile.
Esse software era usado por agentes, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que supostamente teria como alvo ministros do STF, políticos, advogados e jornalistas.
Agora, os colaboradores da agência vão tentar convencer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a nomear para os cargos de diretores, apenas funcionários de carreira.
De acordo com o colunista Valdo Cruz, a sugestão tem sofrido resistência por parte do governo, que também pede que somente o diretor-geral seja alguém fora da carreira. Já os demais diretores teriam de ser do corpo técnico.
Já os servidores dizem que é preciso evitar a politização da Abin, garantindo a profissionalização de um órgão que deve atual como um instrumento de Estado, e não de governo temporário.
De acordo com a Polícia Federal, foram realizados pela Abin mais de 30.000 monitoramentos, mas a maioria foi apagada já durante o governo Lula.
A suspeita é que agentes envolvidos nos monitoramentos fizeram esse serviço de eliminar provas nos sistemas da Abin.
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Prisão diretores Abin
Na última sexta-feira (20), cinco diretores da Abin foram afastados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido da PF, que deflagrou a operação sobre servidores que espionavam os celulares ilegalmente
Além disso, dois agentes foram presos preventivamente e no mesmo dia a PF cumpriu 25 mandados de busca e apreensão.
As prisões e afastamentos aconteceram no Distrito Federal. Já os mandados de busca incluíram endereços de Goiás, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.