O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, mandou soltar a cantora gospel goiana Fernanda Rodrigues de Oliveira. Ela foi presa em agosto, acusada de envolvimento com os atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília.
De acordo com as investigações, Oliveira teria incitado a invasão de prédios públicos por meio de uma transmissão ao vivo nas redes sociais. A decisão do ministro atendeu um pedido da defesa da cantora e foi assinada na sexta-feira (3).
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Na época da transmissão, Fernanda Ôliver, como é conhecida, convocou extremistas para irem até Brasília no dia que antecedeu a depredação das sedes dos Três Poderes. A cantora ficou famosa por se apresentar em acampamentos bolsonaristas, em frente aos quartéis-generais, discursando em cima de trio-elétrico, além de publicações de participantes dos atos golpistas que usavam canções da artista como trilha sonora.
“Viemos convocá-los para que no dia 07 (sete) de janeiro, próximo sábado, estejamos todos em Brasília lutando pelo nosso país […] Contamos com você em Brasília! Lembrando que a partir de sábado será na Esplanada na Praça dos Três Poderes”, dizia a postagem nas redes sociais.
Além disso, o texto também afirma que a cantora esteve presente nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro e que isso foi confirmado por uma live feita por Fernanda, no qual aparece no gramado do Congresso Nacional.
Em um outro vídeo publicado por Fernanda nas redes sociais ela aparece em acampamentos bolsonaristas realizados em Goiânia e Brasília, trajando a bandeira do Brasil nos ombros, além de usar outros adereços, como bonés.
Mesmo com a liberdade, Alexandre de Moraes determinou que a cantora deve seguir algumas regras, como o uso de tornozeleira eletrônica, cancelamento de passaportes e a proibição de utilizar as redes sociais. Além disso, também é obrigada a se apresentar à Justiça semanalmente, todas às segundas-feiras.
O descumprimento de qualquer uma das medidas pode implicar na revogação e ser decretada novamente a prisão.
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